A perícia já não tem a menor dúvida sobre a causa da morte da estudante de enfermagem Lívia Gabriele da Silva Matos, de 19 anos. Ela teve um sangramento próximo do útero, de acordo com informações do atestado de óbito.
O fato ocorreu logo após ela ter relações sexuais com Dimas Cândido de Oliveira Filho, atacante de 18 anos que atualmente integra a equipe sub-20 do Corinthians. Os dois se encontraram na última terça-feira (30), na região do Tatuapé, bairro da Zona Leste de São Paulo, local em que mora o jogador.
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O sangramento, segundo o laudo, ocorreu em consequência de uma ruptura no fundo do saco de Douglas, uma estrutura que fica localizada na pelve, o que provocou um sangramento intenso.
O boletim de ocorrência aponta que a jovem tinha um ferimento de aproximadamente 5 cm nas partes íntimas.
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O detalhe que pode vir a resolver a investigação é que não se sabe a causa da laceração. Se houve violência ou não.
"O fundo de saco de Douglas é uma membrana, uma parede no fundo da vagina. Não é incomum acontecer isso, é mais comum do que pensamos. Na minha opinião, houve uma penetração traumática", explicou Albertina Duarte, médica ginecologista.
Em entrevista à TV Globo, o advogado da família da jovem, Alfredo Porcer, afirmou que o que pode ter provocado a ruptura ainda está em investigação:
"É tudo muito premarturo ainda. Vai ser acostado [anexado] o laudo do IML, prontuário médico com os primeiros atendimentos. O atestado de óbito deu uma ruptura no fundo do saco de Douglas, uma bolsa, e essa ruptura, aparentemente, numa relação sexual normal ela não rompe, né. O que está sendo investigado pela polícia, competente delegada que está no caso, é saber se houve violência ou introdução de algum objeto aí", disse o advogado.
Não tem intenção de se esquivar
Tiago Lenoir, advogado do atleta, afirmou que o jogador, por sua vez, não tem a intenção de se esquivar das investigações e reforçou que ele não é culpado pela morte da jovem.
"Ele ficou em uma chamada com o SAMU por mais de 20 minutos. Quando o SAMU chegou, ele continuou prestando auxílio. A polícia compareceu ao local dos fatos e não identificou nenhum indicio de crime. Ele não é acusado de nenhum crime e não praticou nenhum crime. Ele não utilizou nenhum objeto durante a relação sexual. As relações foram com consentimento dela e com uso de preservativo. No início da relação, ele não percebeu que havia sangue."
Alfredo Porcer, advogado da família de Livia, rebateu à defesa de Dimas, sugerindo que o rapaz não diz a verdade. "O que ele narrou não é verossímil. Ninguém morre de repente, tem sangramento, dor para caramba", disparou o defensor.