Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como “Orelha”, foi preso nesta quarta-feira (28) em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense (Rio de Janeiro), acusado de colaboração com os assassinos da vereadora Marielle Franco (Psol), executada em março de 2018. Ele é apontado como o dono do ferro velho onde o carro usado no crime teria sido desmontado.
A prisão foi feira pela Polícia Federal em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), vinculado ao Ministério Público do Rio de Janeiro. Orelha é acusado de atrapalhar as investigações por conta da destruição do veículo. Seu desmanche fica no Morro da Pedreira, na Zona Norte da capital fluminense.
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De acordo com os investigadores, o nome de Orelha apareceu pela primeira na delação premiada de Élcio de Queiroz, um dos presos pela autoria dos disparos. O outro autor preso, Ronnie Lessa, também o conhecia.
O bando o teria contatado através de Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, ainda em março de 2018, para se desfazer do veículo. E dois dias após o crime, Lessa e Queiroz foram pessoalmente com Orelha até a Avenida dos Italianos, em Rocha Miranda, onde o carro estaria estacionado.
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“Ronnie foi falar que era para dar um sumiço no carro, e o Orelha cortou e disse que o Maxwell já tinha explicado, e que ele [Orelha] não queria saber de nada”, disse Élcio à PF.
Ainda segundo a delação de Élcio de Queiroz, Orelha teria “pavor” de Ronnie Lessa. Naquela mesma conversa, não via a hora de ir embora. Além disso, teria sido Suel quem contou a Élcio o paradeiro do veículo, pois Orelha evitaria o contato.