Canais bolsonaristas do YouTube deletaram mais de 1,5 mil vídeos após operação da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O monitoramento foi feito pela empresa de análise de dados Novelo Data, que acompanha os movimentos da extrema direita nas redes sociais, e divulgado pelo jornal O Globo, nesta quarta-feira- (14).
A “limpeza” foi feita dois dias após a operação da PF, que ocorreu em 8 de fevereiro. Alguns dias antes da operação, os bolsonaristas já tinham excluído alguns vídeos, mas em menor quantidade. Foram cerca de 200 conteúdos retirados do ar por dia.
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A remoção dos vídeos partiu dos proprietários dos canais e não por meio de uma ação judicial ou exigência da plataforma. Essa é uma estratégia comum dos influenciadores bolsonaristas após operações contra apoiadores dos atos golpistas ou quando Bolsonaro perde algum processo judicial.
De acordo com a Novelo Data, apesar de não ter sido possível recuperar os vídeos na íntegra, os títulos sugeriam que o conteúdo era, principalmente, de discursos antidemocráticos. Os principais alvos eram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
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Cerca de 524 vídeos excluídos pelo canal do jornalista Toby Cotrim traziam no título ataques a Moraes, também relator dos inquéritos que investigam os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, aponta o jornal. Além disso, também foram deletados vídeos em defesa do “voto auditável impresso” e que afirmavam que Lula não assumiria o cargo de presidente.
Em nota enviado ao Globo, Cotrim afirmou que a remoção de seus vídeos foi feita para atender às políticas do YouTube e coincidiu com sanções aplicadas pela plataforma.