O grupo armado que apareceu em vídeo na madrugada de quarta-feira (4), na rua onde vivia o entregador Marcelo Barbosa Amaral, 25 anos, que foi atirado de uma ponte pelo soldado da PM, Luan Felipe Alves Pereira, que está preso, era da Corregedoria da Polícia Militar (PM), segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
A “visita”, que ocorreu entre 0h39 e 1h23, apavorou a vizinhança e os parentes de Marcelo. Eles imaginaram se tratar de retaliação:
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“Vieram para terminar o serviço [e matar o jovem]. Ele ainda está com a testa machucada por causa da queda e muito assustado, ainda mais depois de saber que 'os polícia' [sic] veio atrás dele aqui. Ele foi jogado de uma ponte e só não morreu porque Deus não quis, porque não era a hora dele”, disse uma parente da família ao UOL.
A parente, que preferiu não se identificar, afirmou que o jovem deixou a casa onde vivia "por medo da polícia" e estava em um baile funk quando foi agredido antes de ser jogado da ponte. "Ele trabalha como motoboy e não é bandido. Nunca colocou o pé dentro de uma delegacia. Só estava no lugar errado e na hora errada", declarou.
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Atuação descaracterizada
A Corregedoria afirmou em nota:
“Os policiais que aparecem no vídeo veiculado pela reportagem atuam na Corregedoria da Corporação e estão à frente das investigações da ocorrência da última segunda-feira (2), na Cidade Ademar.”
O site Metrópoles perguntou se esse tipo de diligência é comum de madrugada. A SSP se limitou a dizer que os agentes da Corregedoria atuam de maneira descaracterizada e realizam os “devidos procedimentos legais para sua identificação durante os trabalhos em campo”, sem explicar exatamente quais são. “A prerrogativa dos policiais é ir ao local dos fatos para levantar todas as informações necessárias à investigação”, afirma.