Moradores de Quirinópolis, no sudoeste de Goiás, captaram em vídeo o momento em que dois jovens são agredidos por policiais militares com chutes, empurrões e socos. Segundo o boletim de ocorrência da PM, os jovens teriam “fugido” de uma abordagem. A viatura os perseguiu até o local.
O caso aconteceu no último sábado (7). O jovem de 18 anos foi imobilizado no chão por um policial, que ficou com as pernas sobre ele enquanto estava de bruços no asfalto. O outro jovem, de 25 anos, estava deitado na calçada, em frente a uma loja. O vídeo também mostra uma terceira pessoa tentando intervir e acalmar os policiais, mas recebendo a ordem de se afastar.
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A polícia afirmou que vai investigar o caso: "Diante das circunstâncias e das imagens apresentadas, a Polícia Militar instaurará um procedimento apuratório para análise detalhada dos fatos, reafirmando seu compromisso com a transparência e a legalidade de suas ações."
A PM informou que, durante a abordagem, foram encontradas porções de maconha no veículo, e o motorista não possuía CNH. O policial relatou que o suspeito mais jovem foi preso por posse de entorpecentes, direção perigosa, ausência de CNH, resistência e desobediência, enquanto o outro foi detido por posse de drogas e resistência.
NOTA DA PMGO
A Polícia Militar do Estado de Goiás informa que, durante patrulhamento em Quirinópolis, uma equipe tentou abordar um veículo cujo condutor desobedeceu à ordem de parada e empreendeu fuga em alta velocidade, colocando em risco a segurança de terceiros. Após acompanhamento, o veículo foi interceptado, e com os ocupantes foram encontradas substâncias com características de maconha.
O condutor, que não possuía CNH, e o passageiro, ambos com antecedentes criminais, foram detidos e apresentados à Delegacia de Polícia Civil para os procedimentos legais cabíveis.
Diante das circunstâncias e das imagens apresentadas, a Polícia Militar instaurará um procedimento apuratório para análise detalhada dos fatos, reafirmando seu compromisso com a transparência e a legalidade de suas ações.
Assessoria de Comunicação / 5ª Seção do Estado-Maior Estratégico da PMGO
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que está assumidamente em campanha para ser candidato a presidente em 2026, saiu nesta terça-feira (10) em defesa de seu homólogo paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.
Sobre os dois recai a responsabilidade pela onda animalesca de violência policial vista no estado há dois anos, e que ganhou contornos dramáticos de nas últimas semanas após inúmeros casos de execução e agressão se tornarem públicos.
Para Caiado, que ainda atacou a imprensa, acusando os jornalistas que denunciam a selvageria das tropas de Tarcísio de beneficiarem o crime organizado, a crise em torno dos episódios violentos protagonizados pela PM seria “fabricada”.
“Estão fazendo um massacre com o Tarcísio [de Freitas] e o [Guilherme] Derrite [secretário de Segurança Pública de São Paulo]. Isso só vai trazer um vencedor, o crime organizado. Vocês da imprensa estão dando um presente aos criminosos”, disparou o governador goiano de extrema direita que tenta se pintar de moderado para levar seu nome a outros estados do país, parte de sua estratégia para disputar o Planalto.
Para piorar tudo, o chefe do Executivo de Goiás ainda fez politicagem da mais barata: tentou colocar as denúncias escandalosas de crimes praticados por PMs na conta do governo federal, que segundo ele estariam surgindo agora para dar força a Lula (PT) no projeto que pretende criar um sistema único de segurança pública. Questionado se essa era mesmo sua visão a respeito, Caiado respondeu: “De maneira subliminar, é disso que se trata”.