O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que está assumidamente em campanha para ser candidato a presidente em 2026, saiu nesta terça-feira (10) em defesa de seu homólogo paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite. Sobre os dois recai a responsabilidade pela onda animalesca de violência policial vista no estado há dois anos, e que ganhou contornos dramáticos de nas últimas semanas após inúmeros casos de execução e agressão se tornarem públicos.
Para Caiado, que ainda atacou a imprensa, acusando os jornalistas que denunciam a selvageria das tropas de Tarcísio de beneficiarem o crime organizado, a crise em torno dos episódios violentos protagonizados pela PM seria “fabricada”.
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“Estão fazendo um massacre com o Tarcísio [de Freitas] e o [Guilherme] Derrite [secretário de Segurança Pública de São Paulo]. Isso só vai trazer um vencedor, o crime organizado. Vocês da imprensa estão dando um presente aos criminosos”, disparou o governador goiano de extrema direita que tenta se pintar de moderado para levar seu nome a outros estados do país, parte de sua estratégia para disputar o Planalto.
Para piorar tudo, o chefe do Executivo de Goiás ainda fez politicagem da mais barata: tentou colocar as denúncias escandalosas de crimes praticados por PMs na conta do governo federal, que segundo ele estariam surgindo agora para dar força a Lula (PT) no projeto que pretende criar um sistema único de segurança pública. Questionado se essa era mesmo sua visão a respeito, Caiado respondeu: “De maneira subliminar, é disso que se trata”.