JUSTIÇA

Mais três: quem são os novos indiciados pela PF no inquérito do golpe

Lista encaminhada à Procuradoria-Geral da República por trama golpista soma agora 40 nomes

Polícia federal indiciou outros três militares por trama golpistaCréditos: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quarta-feira (11) mais três pessoas por crimes relacionados à tentativa de executar um golpe de Estado no Brasil.

No complemento ao relatório final do inquérito da trama golpista, constam na lista agora o tenente Aparecido Andrade Portela, o coronel reformado Reginaldo Vieira de Abreu e o tenente-coronel da ativa Rodrigo Bezerra de Azevedo.

Os militares foram indiciados hoje porque ainda não haviam prestado depoimento e a legislação impede que investigados sejam responsabilizados criminalmente antes de serem ouvidos oficialmente.

Assim como os demais 37 indiciados, os novos também são acusados dos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado de Direito e associação criminosa.

O que aponta a PF

Aparecido Andrade Portela é militar da reserva do Exército e suplente da senadora Tereza Cristina (PL-MS), ex-ministra da Agricultura do governo Bolsonaro. Ele teria atuado "como um intermediário entre o governo do então presidente Jair Bolsonaro e financiadores das manifestações antidemocráticas residentes no estado do Mato Grosso do Sul”, segundo a PF.

Já Reginaldo Vieira de Abreu, conhecido como "Velame", é ex-chefe de Gabinete do general da reserva Mario Fernandes na Secretaria-Geral da Presidência, e é acusado de atuar no planejamento do golpe. Em uma das conversas com seu superior, ele defendeu uma ruptura democrática.

“Quatro linhas é o car****. Quatro linhas da Constituição é o caceta. Nós estamos em guerra, eles estão vencendo, está quase acabando, e eles não deram um tiro por incompetência nossa. Estamos igual ao sapo, na história do sapo na água quente. Você coloca o sapo na água quente, ele não sente a temperatura da água mudar e vai se aumentando, aumentando, aumentando… Quando vê, ele tá morto. É isso”, disse ele em uma troca de mensagens.

O militar Rodrigo Bezerra de Azevedo, kid preto do Exército, é acusado pela Polícia Federal de participar "na ação clandestina do dia 15 de dezembro de 2022, que tinha o objetivo de prender/executar o ministro Alexandre de Moraes”.

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