Um bombeiro militar afastado da corporação foi preso em flagrante na tarde desta segunda-feira (4), suspeito de ter atirado a mão, uma idosa de 76 anos, do terceiro andar do apartamento em que os dois moram. O caso acontece em um condomínio do Banco Nacional de Habitação (BNH), em Santos, litoral de São Paulo.
A vítima foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Santos com ferimentos graves. Ela sofreu traumatismos cranioencefálico e no tórax e teve que ser entubada. O sujeito, usuário de remédio controlado, foi levado para a Delegacia de Defesa de Mulher (DDM), onde o caso foi registrado como tentativa de feminicídio.
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A idosa chegou a prestar depoimento à Polícia Civil dentro do hospital, pouco antes de ser entubada. Ela não se recorda do que aconteceu e nem sequer que caiu da janela.
Testemunha
Uma vizinha que não quis se identificar relatou ao jornal A Tribuna, de Santos, que o filho omitiu socorro:
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“Ela estava no chão. Eu ouvi meu genro e filha gritando na janela: 'a senhora caiu, chama a ambulância, chama o bombeiro, chama a polícia'. Nós descemos, chegamos lá embaixo e só um tempo depois o filho dela desceu do apartamento e começou a gritar ‘não chama não, pode deixar que eu chamo, porque eles são mais rápidos porque sou militar’”.
Ela afirmou ainda que seu telefone estava bloqueado e ele não conseguia liberar para chamar socorro. “Dei uns tapas nele, puxei a roupa dele. Ele subiu de volta para o apartamento e desceu depois. Ele se omitiu em chamar o socorro”, disse ela.
Logo a seguir, a Polícia Militar (PM), bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegaram ao local chamados por vizinhos.
A vizinha contou ainda que sempre ouvia brigas no apartamento:
“Tinha discussão lá todos os dias. De madrugada, ele chegava, ficava xingando, batendo, arremessando coisas dentro de casa. A vizinha de baixo chegou a subir na casa dele. Era uma hora da manhã e bateu na porta, e falou pra ele parar com aquilo, pois iria chamar a polícia. Foi quando ele se acalmou e parou”, relatou.
Com informações do jornal A Tribuna