Alunos e professores de São Paulo, que protestavam contra o leilão de escolas públicas promovido pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), foram agredidos pela Polícia Militar (PM), na tarde desta segunda-feira (4).
O protesto aconteceu em frente ao prédio da Bolsa de Valores (B3) durante o segundo leilão para entregar escolas públicas ao sistema de Parcerias Público-Privadas. A manifestação foi convocada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e reprimida com gás de pimenta, bala de borracha e agressões com cassetetes.
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Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a PM foi para cima dos manifestantes após grades de proteção serem derrubadas. O órgão informou, em nota, que "os policiais adotaram técnicas de controle de distúrbio civil para conter o grupo e restabelecer a ordem. As equipes permanecem no local para garantir o direito de livre manifestação e a segurança de todos os presentes, além da preservação do espaço público".
O vencedor do leilão foi o O Consórcio SP + Escolas, liderado pela empresa Agrimat Engenharia e Empreendimentos Ltda. O processo prevê a construção e administração de 16 escolas pela iniciativa privada. O consórcio ofereceu uma proposta mensal de R$ 11,5 milhões para gerenciar as escolas.
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Na terça-feira (29) o governador realizou o primeiro leilão, que foi suspenso pela Justiça de São Paulo no dia seguinte. O governo do estado, porém, conseguiu reverter a decisão, fazendo com que a privatização das escolas em SP virasse uma verdadeira batalha jurídica.
A ação havia sido movido pela Apeoesp, que argumentou que o edital desconsidera o princípio constitucional da gestão democrática da educação, desrespeitando a integração necessária entre a administração do espaço físico escolar e as funções pedagógicas.
Abaixo, veja registros da violência policial contra alunos e professores contrários à privatização:
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