HERDEIRA?

Surge uma possível filha de Brizola; ela é gaúcha e esteticista

Giselda Topper apresentou teste de DNA que indica 99,99% de probabilidade de parentesco

Giselda Topper e Leonel Brizola.Créditos: Reprodução
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A esteticista ortomolecular gaúcha, Giselda Topper, decidiu compartilhar seu possível parentesco com o ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, falecido há duas décadas. Ela apresentou um teste de DNA que indica 99,99% de probabilidade de ser filha do socialista. As informações foram divulgadas em primeira mão pelo jornalista Cleber Dioni Tentardini, no site JA Online.

Giselda ajuizou uma ação em 19 de agosto de 2005, na 13ª Vara de Família do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O processo tramitou em segredo de Justiça devido à sua natureza e continua sob essa restrição, mesmo após sua extinção.

O teste foi realizado com amostras de sangue de Giselda, sua mãe e dois filhos de Brizola, João e Neusa. José Vicente não participou. 

Mãe de Giselda trabalhou para família de Brizola 

Os filhos de Brizola, todos já falecidos, nunca confirmaram a existência de Giselda. Em seu livro de memórias "Minha Vida com Meu Pai, Leonel Brizola" (ed. Planeta, 2016), João Otávio Brizola menciona as infidelidades do pai, mas não faz referência a uma filha fora do casamento. 

A mãe de Giselda, Alma Topper, que faleceu em 2009, tinha apenas 21 anos quando começou a trabalhar para a família Brizola na capital gaúcha. Na época, Leonel Brizola era o secretário de Obras Públicas do governo de Ernesto Dornelles entre 1951 e 1954.

Em 2008, o laudo confirmou que Giselda é a filha mais nova e a única ainda viva do ex-governador. O biólogo Rodrigo Soares de Moura Neto, que assinou o laudo, afirmou que a probabilidade de vínculo era de 99,99%.

À época, no entanto, o teste foi tido como inconclusivo por dois peritos. A juíza do caso, Mônica Poppe Fabiao, considerou portanto que não havia interesse processual, uma vez que já havia sido realizado um exame genético. Giselda recorreu da decisão em primeira instância e tentou exumar os restos mortais de Brizola, mas o pedido foi negado e o processo foi arquivado em 2013.

Dificuldades 

Durante o processo, Giselda diz ter enfrentado dificuldades pessoais e teve pouco contato com seus advogados, que acabaram se afastando do caso. Sem acesso ao processo e sem condições financeiras para buscar assistência jurídica, Giselda manifesta o desejo de obter os laudos que comprovem a paternidade de Brizola. A esteticista diz buscar o reconhecimento do parentesco para legar ao seu neto, e não bens.

Ela revela que soube de sua relação com Brizola de forma acidental e que a paternidade sempre foi um tema delicado. Giselda nasceu em Porto Alegre, em 1954, e foi criada longe de sua mãe em vários lares, sem saber sobre sua verdadeira origem. Ela se recorda de momentos especiais, como quando Brizola a segurou no colo e lhe deu um relógio de presente

Com informações de Folha de S.Paulo.