O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a sala de situação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (3). Acompanhado do ministro da Educação, Camilo Santana, Lula comemorou a taxa de inscrições confirmadas para a prova que, este ano, teve aumento de 27% em comparação com os anos de governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo Santana, são 4,3 milhões de pessoas confirmadas para o exame em 2024.
O atual ministro da educação também comemorou a taxa de adesão de alunos do último ano do ensino médio. Em alguns estados, segundo o ministro, essa taxa chegou a 100%, como em alguns estados do Norte e do Nordeste. No Rio Grande do Sul, em que os alunos tiveram isenção por causa da recuperação do estado após enchentes, esse número passou de 80%.
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Pé de meia incentivou participação
Camilo Santana também atribuiu em parte os resultados positivos ao programa "Pé de Meia", que oferece uma bolsa de R$ 200 a estudantes do ensino médio que comprovem matrícula e frequência, além de ter sido, em agosto, ampliado para beneficiários do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Desde o primeiro semestre de 2024, foram abrangidos 2,7 milhões de estudantes de escolas públicas beneficiários do Bolsa Família. O projeto garante R$ 9,2 mil para estudantes ao longo do Ensino Médio, a fim de combater a evasão escolar.
"Isso mostra que estamos no caminho certo para fazer o Brasil prosperar (...) Temos a consciência de que o país só será competitivo no cenário global e alcançará riqueza quando conseguirmos exportar conhecimento e inteligência. Isso é o que se traduz no esforço de vocês nos estudos e na universidade. Por isso, o Enem é fundamental.", afirmou Lula, sobre os números.
Lula também enfatizou a importância da educação como símbolo de independência. Ele destacou que a formação profissional proporciona ao homem condições para sustentar sua família e viver com dignidade, enquanto para a mulher, a profissão representa autonomia. "A mulher não precisa se submeter a situações indesejáveis", acrescentou.
Quando questionado sobre cortes de gastos após a fala do ministro, Lula preferiu se restringir ao tema da educação. "Hoje o assunto é Enem", respondeu, evitando também discutir questões internacionais.