Em 2023, a redução da pobreza regional foi impulsionada principalmente pelo Brasil, que representa um terço da população da América Latina, afirma a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) em relatório publicado nesta terça-feira (12).
"A diminuição da pobreza regional em 2023 se explica em mais de 80% pelo que aconteceu no Brasil, país em que vive um terço da população da América Latina e onde as transferências diretas de renda foram decisivas. Se no Brasil a população em situação de pobreza não tivesse caído, a média regional de pobreza em 2023 teria sido de 28,4%, apenas 0,4 pontos percentuais menos que no ano anterior, e a incidência da pobreza extrema se manteria sem alterações, em 11,1%", afirma o relatório.
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A pobreza na América Latina foi de 27,3% em 2023, com uma queda de 1,5 pontos em relação ao ano anterior e mais de 5 pontos desde 2020, o pior ano da pandemia. Trata-se do melhor resultado desde 1991.
A pobreza extrema afetou 10,6% da população latino-americana, uma redução de 0,5 pontos comparado a 2022, mas ainda acima dos níveis de 2014. 172 milhões viviam em pobreza.
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A Cepal aponta que a erradicação da pobreza exige investimento em proteção social não contributiva entre 1,5% e 2,5% do PIB. Em média, os países gastaram apenas 0,8%.
Para 2022, os Ministérios de Desenvolvimento Social de 20 países latino-americanos gastaram 0,8% do PIB em proteção social, abaixo do necessário para combater a pobreza estrutural.