Um estudante cearense ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a soltura de dois nomes que marcaram os noticiários por motivos opostos: o traficante Nem da Rocinha e o ex-vereador bolsonarista Gabriel Monteiro. As duas petições foram indeferidas pela Corte, segundo a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.
Apesar de ter sido preso em julho de 2023 por ameaçar juízes e promotores em São Paulo, Joaquim Pedro de Morais Filho, suposto integrante do PCC, já está em liberdade. Documentos oficiais do Ceará indicam que o estudante ficou detido em uma ala da facção paulista durante sua prisão.
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Um membro do PCC solicitou a liberdade provisória de Nem da Rocinha, líder da facção carioca Terceiro Comando Puro (TCP). O pedido foi feito no dia 21 de outubro, apesar de o solicitante não ser advogado. Morais Filho afirmou que o traficante não representa uma ameaça ao sistema penitenciário do Rio de Janeiro e tem o direito de cumprir sua pena próximo à "família sanguínea". O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, rejeitou o pedido de habeas corpus.
Na semana seguinte, Morais Filho protocolou um novo habeas corpus no STF, solicitando a liberdade de Gabriel Monteiro. O membro do PCC argumentou que o ex-vereador do PL deveria responder em liberdade aos processos dos quais é réu.
Acusado de estupro, assédio sexual e de gravar atos sexuais sem consentimento com uma adolescente, Gabriel Monteiro foi preso em novembro de 2022. O pedido de habeas corpus solicitado por ele foi rejeitado pelo ministro Nunes Marques.
Em setembro deste ano, a 48ª Vara Cível do Rio ordenou a busca e apreensão de um veículo Pajero registrado em nome do ex-policial militar e ex-vereador Gabriel Monteiro, que está preso há dois anos sob acusação de estupro. A medida visava garantir o pagamento da indenização por danos morais que Monteiro deveria pagar ao médico Jorge Costa Junior. O valor atualizado da dívida chegava a R$ 49.287,82. Avaliado em R$ 150 mil, o veículo seria leiloado em data a ser definida pela Justiça.