Presa desde 2021, a ex-deputada federal e pastora Flordelis, condenada a mais de 50 anos de detenção pelo assassinato do marido, pastor Anderson do Carmo, encontrou um novo meio de exercer sua fé e manter influência dentro da penitenciária.
Desde sua prisão, Flordelis tem mantido uma rotina intensa de cultos e orações, transformando o presídio em uma extensão de sua vida religiosa. Segundo relatos, ela realiza cultos diários e instaurou um "relógio de oração" com preces às 6h, ao meio-dia, às 18h e à meia-noite, solidificando seu papel como líder espiritual entre as detentas.
Te podría interesar
O jornalista Ulisses Campbell, autor do livro “Flordelis: A Pastora do Diabo”, relatou em entrevista ao portal O Fuxico Gospel que a religião tem uma presença significativa entre as detentas, o que facilita a formação de uma congregação liderada por Flordelis. “Ela está começando a criar uma nova igreja ali dentro, que daqui a pouco pode crescer ainda mais”, afirmou Campbell, ressaltando a crescente influência da ex-pastora no ambiente carcerário.
Além dos cultos e orações, Flordelis mantém contato com seguidores externos através de cartas, conforme mencionado por sua neta em um vídeo nas redes sociais. Essa comunicação constante fortalece o vínculo com sua comunidade religiosa fora da prisão, permitindo que ela continue a exercer sua liderança espiritual.
A rotina religiosa de Flordelis e o impacto que ela exerce sobre as outras detentas têm gerado discussões sobre a possível expansão de sua influência para fora dos muros da prisão. “Ela tem uma igreja ali dentro e, quando algumas dessas detentas forem soltas, é possível que levem as diretrizes de Flordelis para o mundo aqui fora,” comentou um observador.
Para muitos, a prática religiosa de Flordelis é vista como uma forma de manter-se mentalmente estável e reconectar-se com suas antigas atividades. Essa situação destaca a complexidade de gerenciar práticas religiosas em ambientes prisionais e as possíveis implicações sociais e religiosas dessa dinâmica.