O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) vai pedir pena máxima, de 84 anos, para Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018. O pedido será feito Conselho de Sentença do IV Tribunal do Júri durante julgamento do caso, que inicia nesta quarta-feira (30).
Ronnie e Queiroz foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o Caso Marielle Franco e Anderson Gomes (Gaeco/FTMA) duplo homicídio triplamente qualificado, um homicídio tentado, e pela receptação do veículo usado no dia do crime.
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O julgamento do caso ocorre após seis anos do assassinato da vereadora. Lessa e Queiroz estão presos desde 2019 e ano passado começaram a fazer delação premiada com a Polícia Federal. Em março deste ano, Lessa entregou os nomes de Chiquinho Brazão, deputado federal, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, e Rivaldo Barbosa, chefe da Polícia Civil, como mandantes do crime.
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Para o Tribunal do Júri, foram selecionadas 21 pessoas comuns, mas apenas sete serão selecionadas para de fato participar do julgamento. Os jurados não poderão ter contato entre si e deverão dormir em dependências restritas do Tribunal de Justiça do Rio.
Ao todo, serão nove testemunhas durante o julgamento, que deve durar dois dias. Sete foram indicadas pelo MP, sendo elas: a assessora Fernanda Chaves, a única sobrevivente do crime; Marinete da Silva, mãe de Marielle; Mônica Benícia, viúva da vereadora; Ágatha Reis, viúva de Anderson; uma perita criminal e dois agentes da Polícia Civil.
Já as outras duas testemunhas foram indicadas para a defesa de Lessa. A defesa de Élcio de Queiroz desistiu dos depoimentos.
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