De acordo com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, um projeto do governo em parceria com o Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento alemão deve trazer ao estado a primeira planta industrial para a produção de biocombustíveis destinados à aviação sustentável do Brasil.
O Combustível Sustentável de Aviação (SAF) é feito de bioinsumos, isto é, recursos de base sustentável e renovável, como óleos de origem orgânica (a exemplo do óleo de cozinha). Os SAF podem emitir até 75% menos CO2 em comparação aos combustíveis fósseis, e sua queima produz consideravelmente menos partículas nocivas à camada de ozônio.
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Empresas de aviação do mundo inteiro têm tentado se adequar, em alguma medida, a novos modelos de aviação sustentável — em 2011, a KLM, empresa holandesa de aviação, realizou o primeiro voo comercial do mundo movido a SAF (com a queima de combustível feito de óleo de cozinha usado).
O projeto a ser desenvolvido no estado de São Paulo terá como base o biogás, que é produzido a partir de resíduos de biomassa do setor sucroenergético — são cerca de 367 usinas para a extração de energia de cana-de-açúcar instaladas no Brasil; o país já é o 2° lugar na produção de etanol em escala global, de acordo com a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária).
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O governo da Alemanha, através da agência GIZ, instituição alemã que atua na área de desenvolvimento sustentável do Brasil desde 1993, desenvolveu uma parceria com a Geo Bio Gas & Carbon, uma empresa brasileira de biogás, para a produção da bioenergia.
O investimento para o projeto está na casa dos 7,8 milhões de euros. 1,5 milhão desse valor foi investido pelo governo alemão.
A parceria quer gerar cerca de 750 litros por dia de SAF a partir do ano que vem — o biocombustível deve então ser misturado ao combustível fóssil à base de querosene (QAV) a fim de reduzir a pegada de carbono do transporte aéreo, diz a Secretaria de Agricultura do estado.