Nesta quarta-feira (16), a Grande São Paulo vive a realidade de quase 100 horas sem energia elétrica. Conforme dados da concessionária Enel SP divulgados hoje, 100 mil imóveis continuam sem luz, com cerca de 28 mil dessas interrupções ligadas ao forte temporal que atingiu a região na última sexta-feira (11).
A incerteza sobre o restabelecimento total do serviço persiste, uma vez que a Enel não forneceu uma data específica para a normalização do atendimento em toda a rede. A concessionária deve cumprir o prazo de três dias imposto pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) monitora de perto a situação e pode aplicar penalidades à Enel, inclusive a rescisão do contrato de concessão, caso a empresa não atenda às exigências.
Sob a administração da Enel, São Paulo já enfrenta seu segundo apagão significativo em menos de um ano. Quatro milhões de residências ficaram sem energia após intensas chuvas em novembro de 2023.
Pancadas de chuva
Ao longo dessa semana estão previstas novas pancadas de chuva para São Paulo, com possibilidade de início a partir desta quarta-feira (16) e aumento de intensidade na próxima sexta (18). O novo alerta vem após o intenso temporal da última sexta-feira (11), que resultou em um apagão que já dura quatro dias na capital paulista.
Nesta terça (15), o tempo vai permanecer com céu nublado e sem previsão de chuva na Grande São Paulo, segundo a Climatempo, e a temperatura deve aumentar, inclusive no litoral. A partir do dia 16, as pancadas de chuva isoladas começam a se espalhar por diversas regiões do estado.
O final de semana promete ser mais chuvoso, com previsão de temporais intensos na capital e em grande parte do interior paulista, especialmente no centro-norte, nordeste e oeste. Tanto sábado quanto domingo serão marcados por nuvens densas e possibilidade de chuvas a qualquer momento. Em determinados momentos, as chuvas podem ser acompanhadas de trovoadas, de acordo com o MetSul.
Prejuízo bilionário
O apagão que atingiu São Paulo já causou um rombo de R$ 1,65 bilhão nos cofres de empresas dos setores de varejo e serviços, segundo estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O cálculo leva em consideração o faturamento perdido desde o início da interrupção no fornecimento de energia.
De acordo com a Federação, o varejo foi o mais afetado, com perdas estimadas em R$ 536 milhões. O setor de serviços, por sua vez, registrou prejuízos de R$ 1,1 bilhão. Segundo o comunicado da entidade, “para a FecomercioSP, é inaceitável que a maior metrópole brasileira sofra com constantes cortes de energia, como vem acontecendo nos últimos meses. Pior do que isso, a cidade não pode ficar tanto tempo sem eletricidade em meio a esses episódios".