FAMÍLIA DESAPARECIDA

Família executada foi vítima de emboscada; pai ia entregar droga aos assassinos

Família de Olímpia ficou desaparecida durante vários dias; corpos foram encontrados com vários tiros já em alto estado de decomposição

Família assassinada.Créditos: Redes Sociais
Escrito en BRASIL el

Uma testemunha afirmou em depoimento à Polícia Civil que Anderson Marinho, de 35 anos, assassinado com sua esposa, Mirele Tofalete, de 32, e a filha, Izabelly, de 15, levava maconha para entregar aos suspeitos do crime, quando foi assassinado. Segundo a testemunha, a entrega da droga era, na verdade, uma emboscada.

A testemunha que prestou depoimento, de acordo com o delegado Marcelo Pupo, responsável pelo caso, é investigada por envolvimento com tráfico de drogas. Anderson, por sua vez, tinha passagens criminais por tráfico, registradas em 2015.

A polícia suspeita, contudo, que as mulheres não tinham ligação com o tráfico.

Os corpos de Marinho, a esposa e a filha foram encontrados em alto estado de decomposição no dia 1º de janeiro, numa estrada vicinal do município de Votuporanga, na mesma região, mas distante 80km da residência das vítimas.

O carro da família apresentava marcas de tiros. O homem estava caído fora do veículo, enquanto mãe e filha foram encontradas dentro do automóvel. Munições intactas e cartuchos deflagrados, todos de calibre 9 milímetros, foram encontrados no local.

Foi identificada uma ligação para o 190, número de emergência da Polícia Militar, do celular da adolescente, antes do desaparecimento da família, mas a ligação não foi concluída. Durante a investigação, a polícia também constatou que o homem havia sido ameaçado de morte antes do crime.

Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML). Segundo informações do g1, não foi realizado velório, mas os enterros ocorreram na manhã desta terça-feira (2), no Cemitério Jardim Parque das Primaveras, em Olímpia.

Tráfico e armas

Segundo informações do Metrópoles, Anderson, o pai da família, já havia sido preso por tráfico de drogas, em 2015, com Ricardo Luis Pedro, conhecido como o “rei do tráfico”. A reportagem apurou que ele foi detido, em cumprimento a um mandado de prisão, expedido pela Justiça, em 14 de abril de 2015.

Ele foi condenado por tráfico de drogas em 18 de dezembro de 2015, a dois anos e um mês de pena, já iniciada no regime semiaberto.

Antes de cumprir a pena, ele ficou preso, provisoriamente, no Centro de Detenção Provisória de São José do Rio Preto. A seguir, Anderson, que era mecânico recebeu o benefício de cumprir o restante da pena em prisão domiciliar em abril de 2016.

Loja de armas

Já a mãe, Mirele Regina Beraldo Tofalete, era funcionária da loja de armas de fogo RS Armas Olímpia.

Em uma rede social da empresa, o nome dela constava como um dos contatos a serem procurados por clientes e colaboradores, em março de 2020, no início do isolamento social provocado pela Covid-19.

Nenhum suspeito foi preso até o momento. As motivações e circunstâncias do crime são investigadas pela Polícia Civil.