Um policial militar deu uma cotovelada no rosto de um homem de 27 anos, que estava acompanhado da esposa e a filha no colo, em uma padaria de Jacareí (SP), na noite desta quarta-feira (24).
A justificativa foi por acreditar que a vítima da agressão havia furado a fila. A cena foi registrada por câmera de segurança.
Te podría interesar
Kelvyn Alexsander Barbosa Nunes teve ferimentos no olho e no nariz e teve que se levado para a Santa Casa da cidade, onde está internado.
O policial militar, identificado como Richardson Igan de Monteiro de Paula Bento, aparece no balcão de atendimento da padaria. Em determinado momento, o agente se aproxima do homem e o golpeia com uma cotovelada no rosto. Em seguida, deixa o local.
Te podría interesar
Alana Ketlin dos Santos Barbosa, a esposa da vítima, que também aparece nas imagens, contou em entrevista à Rede Vanguarda que o policial ficou irritado pois achou que Kelvyn havia furado fila.
“Eu estava com a minha criança no colo. Ele (o policial) achou que a gente estava furando a fila, foi se aproximando e deu a cotovelada na cara do meu marido”, afirma.
Não furou a fila
A irmã de Kelvyn, Nayane Cristina Barbosa Nunes, afirmou que ele não furou a fila, pois estava na padaria apenas para entregar roupas que não serviam mais para a filha a uma funcionária que espera uma neta.
“Até agora eu não acredito, ainda mais sendo meu irmão. Ele tem um coração muito bom e foi lá só para entregar as roupinhas da minha sobrinha. Ele soube que a filha de uma funcionária da padaria espera uma menininha. Então ele foi lá entregar as roupas para ela e o PM disse que ele estava furando fila. Meu irmão tentou explicar, mas foi apunhalado”, explica Nayane.
“A gente quer justiça. Quer que ele (o policial agressor) pague pelo o que ele fez no meu irmão. Ele foi agredido e está sofrendo”, completa.
Segundo Nayane, o irmão pode passar por um procedimento cirúrgico.
“O médico disse que uma agressão como essa pode ser pior que um tiro. A face é um lugar sensível, cheio de vasos. Meu irmão está com hemorragia ocular e os médicos estão avaliando se ele precisa de uma cirurgia”, afirmou.
O que diz a defesa do policial
A defesa de Richardson Igan de Monteiro de Paula Bento informou que não vai se manifestar e complementou não foi acionada judicialmente sobre o caso.
O que diz a Polícia Militar?
O 41° Batalhão do Interior em Jacareí, onde trabalha Richardson, afirmou ao g1 que foi instaurado um inquérito para apurar o caso, e que o policial que aparece nas imagens já está afastado das funções operacionais da cidade.
A corporação reforçou ainda que não compactua com "atos de ilegalidade" e que "apura com o rigor da lei qualquer desvio de conduta".