VIOLÊNCIA POLICIAL

CENAS FORTES: PM é afastado por tortura em batalhão do Paraná que tem histórico de casos

O vídeo com o PM batendo nos pés do jovem viralizou junto com outro, que mostra um outro policial colocando uma luva cirúrgica no rosto de um detido. Método lembra cena do filma Tropa de Elite.

PM foi afastado em caso de tortura no batalhão de Matelândia, no Paraná.Créditos: Reprodução / Rede X
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A Polícia Militar do Paraná informou neste domingo (21) que um PM foi afastado após aparecer dando gargalhada em vídeo, que viralizou nas redes, antes de iniciar sessão de tortura, batendo com um bastão na sola do pé de jovem que foi detido.

Segundo a PM-PR, o caso aconteceu no Batalhão de Matelândia, no oeste do Estado, que tem histórico de tortura de pessoas detidas.

O vídeo com o PM batendo nos pés do jovem viralizou junto com outro, que mostra um outro policial colocando uma luva cirúrgica no rosto de um detido para que ele confessasse um crime.

A técnica de tortura é a mesma retratada no filme Tropa de Elite, que mostra um policial do Bope enfiando um saco plástico na cabeça de um suspeito para fazê-lo entregar um traficante.

No vídeo no batalhão da PM paranaense, um dos policiais questiona ao jovem se ele "gostou do saco".

Segundo a PM, o vídeo que mostra essa tortura também ocorreu no batalhão de Matelândia, mas em 2019. O policial teria sido expulso e condenado a 3 anos e 8 meses de prisão. Um segundo policial envolvido na tortura também teria sido expulso e condenado a 1 ano e seis meses de cadeia.

Na nota, a PM-PR diz que os casos são "ação ilegal e isolada de um militar estadual não reflete os valores e o profissionalismo da Corporação, que se dedica diuturnamente à proteção e ao bem-estar da população paranaense".

"Esses policiais não querem combater o crime, eles querem é cometer os seus próprios crimes impunemente, enquanto colocam miseráveis como esses do vídeo como 'bodes expiatórios' para aplacar o desejo de 'segurança pública' de uma sociedade ignorante, odiosa e vingativa", escreveu o deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) ao fazer a denúncia nas redes.

ALERTA: CENAS FORTES