LATROCÍNIO

Engenheiro de 34 anos é encontrado morto após usar aplicativo de relacionamento

A mãe, dilacerada, fez um apelo aos amigos dele durante enterro para que não usem tais aplicativos; caso aconteceu em Ribeirão Preto

Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho.Créditos: Arquivo Pessoal
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O engenheiro Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho, de 34 anos, que morava em San Diego, Califórnia, nos EUA, foi passar o fim de ano com a família em Ribeirão Preto. Ele estava desaparecido desde o dia 28, quando disse à família que ia sair com um amigo.

A mãe do rapaz, Vera Lúcia Braga, procurou a Polícia Civil na sexta-feira (29) depois que a filha, que também mora nos EUA, recebeu uma mensagem de um desconhecido afirmando que havia encontrado o celular do irmão.

Um boletim de ocorrência por desaparecimento foi registrado e a família mobilizou as redes sociais para tentar informações sobre o paradeiro do rapaz.

Um motorista de aplicativo procurou a polícia no sábado (30), dizendo que havia levado Paulo Roberto a um endereço na Vila Amélia, zona Norte de Ribeirão Preto. Ao chegar no local, a polícia encontrou o corpo do engenheiro.

Testemunhas contaram à polícia que parte dos apartamentos daquele prédio é alugada a garotos e garotas de programa, e que a rotatividade é alta no local. Os donos do imóvel moram no Rio de Janeiro (RJ) e o aluguel é feito diretamente com eles, com pagamento antecipado.

A suspeita, segundo a Polícia Civil, é que Paulo Roberto tenha sido vítima de latrocínio, roubo seguido de morte, após ser atraído para um encontro.

Alerta

Durante o enterro, a mãe de Paulo fez um alerta a usuários de aplicativos de relacionamento.

“Essas pessoas não gostam de ninguém. Eu falei isso no enterro dele para todos os amigos dele que estavam lá, que não acreditem nisso, que não vão atrás disso. Isso é uma quadrilha que a gente entendeu, a polícia falou pra gente. Eles têm um lugar para isso [encontros] e levam as pessoas para lá para saquearem elas. Isso não é golpe do amor. Isso é golpe de maldade, para matar, para tirar tudo de bom que você tem. Não só o seu dinheiro, mas a sua vida”, diz Vera Lúcia Braga.

Segundo ela, receber a notícia de que o corpo do filho havia sido encontrado foi uma das coisas mais difíceis da vida dela.

“Foi a coisa mais dura de ouvir na minha vida. Nunca imaginei que ia ouvir isso: ‘encontraram o corpo do seu filho’. Aí para piorar, eu não poder ver o meu filho. Ele ficou tanto tempo desaparecido que não teve como fazer um velório normal. Eu estou tomando remédio e a gente está conversando com outras pessoas que passaram por isso”, desabafa a mãe.

O corpo de Paulo Roberto apresentava marcas de violência e o laudo do Instituto Médico Legal (IML) deve apontar a causa da morte.

“Eu, sinceramente, gostaria que eles fossem presos, mas eu não sei se eles vão ficar muito tempo presos, a gente não sabe como é a lei. Mas, de toda sorte, eu acredito, a minha religião me dá esse conforto, que ninguém é feliz fazendo o que essas pessoas fazem. Eles vão pagar uma hora ou outra. Eles vão sofrer a mesma coisa que eles estão me fazendo sofrer”, disse ainda a mãe.

O principal suspeito do crime, ainda de acordo com a Polícia Civil, é a pessoa com quem Paulo Roberto saiu na noite do desaparecimento.

Com informações do g1

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