Rafael Caranhato, um dentista de 25 anos que morava em Fraiburgo (SC), foi assassinado na noite da última quinta-feira (15), dentro de seu apartamento por uma dupla de criminosos e teve o dedo indicador da mão direita amputado pelos bandidos, que o usaram das contas da vítima em caixas eletrônicos, já que a maioria desses equipamentos permite leitura da impressão digital por sensores.
Colegas de trabalho de Caranhato estranharam que ele não apareceu para trabalhar na sexta-feira (16) e então acionaram a polícia. Câmeras do circuito de segurança do prédio onde vivia o dentista flagraram a entrada dos dois assaltantes e um deles já foi preso, no município de Ibirama, usando o carro da vítima, onde foram localizados o canivete usado para a amputação cruel, o dedo seccionado e R$ 2 mil, possivelmente retirados da conta por meio da sinistra tática.
Durante as investigações a Polícia Civil de Santa Catarina descobriu que o acusado preso, cuja identidade não foi revelada, tinha feito amizade com Caranhato, já que era novo na cidade, e a entrada no apartamento do dentista teria sido franqueada, ou seja, com a anuência do jovem que viria a ser assassinado. Eles teriam pedido ainda comida num serviço de delivery.
O delegado Wanderson da Silveira, responsável pelo inquérito de latrocínio, informou que vizinhos contaram aos policiais que ouviram barulhos incomuns vindo do imóvel de Caranhato durante a noite, mas que não foi algo suficiente para que desconfiassem de um crime. Nenhum dado sobre o segundo criminoso foi passado pela Secretaria de Segurança Pública catarinense.
Nos últimos anos, a tecnologia que permite a leitura de impressão digital em caixas eletrônicos se expandiu muito no Brasil e a quase totalidade dessas maquinas, hoje, funciona com base nesse procedimento. Quando o cliente por alguma razão não pode utilizar o mecanismo, o esquema mais antigo de uso de senhas é acionado.
Um serviço que facilita e agiliza o atendimento na hora de retirar dinheiro ou movimentar contas bancários, com o crescimento da criminalidade e a aplicação de métodos cada vez mais cruéis por parte dos indivíduos, tem se transformar num grave problema de segurança pública, o que preocupa autoridades, bancos e sobretudo o cidadão.