Um estudo do Governo Federal mapeou 1.942 municípios mais suscetíveis a desastres ambientais como enchentes e inundações. O número representa um aumento de 136% em relação ao levantamento realizado há 10 anos atrás, quando foram identificados 821 municípios.
Ao todo, as cidades identificadas somam 148,8 milhões de habitantes, dos quais 8,9 milhões moram em áreas de risco.
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A pesquisa foi realizada em conjunto entre a Casa Civil e o Ministério das Cidades com o objetivo de atualizar a lista das localidades que devem ser priorizadas com obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os dados farão parte do primeiro Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo, nesta quinta-feira (18).
Segundo o estudo, os eventos extremos devem aumentar, principalmente, “na costa da Região Norte até o litoral de Pernambuco e especificamente na Região Metropolitana de Salvador”. A Região Sul deve ter aumento no leste de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
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Já os dez municípios com maior urgência de investimentos para contenção dos desastres são:
- São Paulo (SP);
- Teresópolis (RJ);
- Blumenau (SC);
- Petrópolis (RJ);
- Nova Friburgo (RJ);
- Maceió (AL);
- Fortaleza (CE);
- Belo Horizonte (MG);
- Jaboatão dos Guararapes (PE)
- Salvador (BA).
A capital baiana concentra o maior número de pessoas em áreas de risco, com 1,2 milhão, o equivalente a metade da sua população.
O ranking foi realizado com base na incidência de mortes em decorrência de desastres, o número de eventos ocorridos e a população desabrigada ou desalojada, no período de 1991 a 2022
O governo prevê a criação de um sistema integrado com o mapeamento de todas as áreas de risco que sirva como referência para cada órgão responsável por preparar ações de prevenção.
Os dados do estudo foram obtidos através do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Serviço Geológico do Brasil e do Atlas de Vulnerabilidade a Inundações, produzido pela Agência Nacional de Águas (ANA).