DIREITOS TRABALHISTAS

'Breque Nacional’: entregadores de aplicativo anunciam greve

Trabalhadores estão há mais de 120 dias negociando remuneração mínima e segurança no serviço

Entregadores realizam protesto.Créditos: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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Os entregadores por aplicativos vão realizar uma greve nacional para pressionar empresas e governo por melhorias nas condições de trabalho, como remuneração mínima, saúde e segurança para a categoria. A paralisação vai desta sexta-feira (29) até domingo (1º).

Os trabalhadores estão há mais de 120 dias tentando negociar com empresas como iFood, Rappi, Amazon, Uber, Zé Delivery, Mercado Livre e outras. Eles relatam que essas “menosprezaram os sindicatos de motofrete, legítimos representantes dos trabalhadores no Grupo Tripartite do governo federal”

Até aqui, as empresas de app promoveram a maior precarização trabalhista jamais vista no país, onde fogem de todas as responsabilidades sociais, negam reiteradamente aumentos nas entregas - sendo 7 anos sem reajuste, e exploram os entregadores que não têm outra alternativa a não ser permitir esse abuso.

A categoria também faz um apelo ao governo federal para que acabe com a precarização trabalhista e o aumento de acidentes devido à exploração dessas empresas.

Os acidentes com entregadores se tornam cada vez mais frequentes. Segundo pesquisa do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, um a cada quatro trabalhadores da categoria já sofreram acidentes. Já de acordo com o Infosiga SP, mais de 40% dos acidentes de trabalho aconteceram com entregadores de aplicativo.

Segundo os entregadores, “as empresas de ‘app’ ainda causam desequilíbrio no setor das entregas rápidas porque não pagam impostos e direitos trabalhistas, não cumprem as Leis Federais 12.009, 12.997 e a 12.436, sonegando também impostos e promovendo concorrência desleal em relação às empresas tradicionais express, que cumprem suas responsabilidades sociais e trabalhistas”.