Ana Tayssa, de 7 anos, estava indo para a escola em Mesquita, no Rio de Janeiro, quando foi atingida por uma bala perdida na perna, nesta quinta-feira (14). A menina foi socorrida pela mãe e levada para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, onde segue internada.
Ela é a 19ª criança vítima de bala perdida na região do Grande Rio, que registrou 155 tiroteios apenas em agosto de 2023, segundo o Instituto Fogo Cruzado.
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A violência armada no Rio de Janeiro já começou o ano ceifando a vida de crianças e adolescentes. No dia 1° de janeiro, durante as comemorações do Réveillon, Juan Davi, de 11 anos, foi baleado e morto, também em Mesquita.
"A gente estava comemorando dentro de casa, a gente se abraçou quando deu meia-noite. Ele (Juan) foi para a varanda e não conseguiu voltar mais. A gente só viu ele caiu no chão, descobriu que a garrafa do champanhe havia estourado e cortado ele, ele estava no chão todo ensanguentado", disse primo Luís Felipe Alves da Silva, 24 anos, em entrevista ao O Globo em janeiro deste ano.
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Violência e descaso com as crianças e adolescentes do Rio
De acordo com a plataforma “Futuro Exterminado”, também do Instituto Fogo Cruzado, foram mais de 613 crianças e adolescentes baleados nos últimos sete anos. Desses, 275 morreram.
Isso significa que em média, a cada quatro dias um jovem é vítima de bala perdida.
Outras vítimas
Além de Ana Tayssa e Juan Davi, Rafaelly, 10 anos; Luiz Henrique, 5 anos; João Pedro, 11 anos; Maria Eduarda, 9 anos; Bryan, 6 anos; Maria Júlia, 1 ano e 8 meses; B. R., 7 anos; Ester, 9 anos; Lucas Cauã, 11 anos; Lohan Samuel, 11 anos; Dijalma, 11 anos; Eloah, 5 anos e Heloísa, 3 anos, também foram vítimas de bala perdida no Grande Rio em 2023.
Outras três meninas não identificadas, de 8, 11 e 3 anos, e um menino de 7 anos também foram baleados.