Revelar dados sobre os doadores de órgãos no Brasil é algo vetado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), já que a questão é sensível tanto para familiares do doador quanto para os do receptor. Desta maneira, em linhas gerais, essa informação raramente vem à tona.
O apresentador Fausto Silva, que no início do mês recebeu a notícia de que precisaria se submeter a um transplante de coração, encontrou um doador compatível no fim de semana e foi operado no domingo (28), no Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista, que informou que o procedimento foi um sucesso e o paciente se encontra em monitoramento na UTI.
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No entanto, como algumas informações sobre a origem do órgão foram reveladas, algumas variáveis permitiram identificar o doador, que teve sua identidade revelada nas redes sociais, inclusive com registros fotográficos veiculados em órgãos de imprensa.
Desde o domingo era conhecida a informação de que o coração transplantado em Faustão tinha vindo da cidade de Santos (SP), na Baixada Santista, extraído de alguém na Santa Casa de Misericórdia, e levado para São Paulo num helicóptero da Polícia Civil que pousou no gramado do estádio Ulrico Mursa, pertencente à Portuguesa Santista, localizado ao lado do hospital.
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A partir daí, com dados que apontaram o único caso de morte encefálica na unidade naquele fim de semana cujo paciente era doador de órgãos, e que teve seu coração retirado e justamente levado pela aeronave oficial, a identificação do homem de 35 anos, um pedreiro que era também jogador amador de futsal, e que morreu em decorrência de um AVC no trabalho, após ficar três dias internado e passar por uma cirurgia cerebral, foi possível chegar à identidade do doador.
Seguindo as recomendações do SUS, a Fórum decidiu não publicar o nome do paciente que teve morte cerebral e doou o coração para Fausto Silva, tampouco utilizar as fotos do doador.