Uma jovem conseguiu, durante nove meses, fingir uma gravidez ao suposto pai do "bebê". Após um relacionamento casual com uma moça que conheceu na casa de amigos, João, de 30 anos, recebeu a notícia de que iria ser pai. Apesar do susto inicial, se mostrou empolgado e nem pediu para ver testes de gravidez ou exames.
João (nome fictício para preservar sua identidade) disse que assumiria suas obrigações como pai, fez chá revelação para a família, quando foi revelado que o “bebê” seria uma menina, e até organizou um quarto para a futura filha na casa onde a “mãe” mora com os pais em Atibaia, no interior de São Paulo. Mesmo não pretendendo se casar com a jovem, pediu um empréstimo no banco, o qual repassou à jovem, para ajudá-la a construir uma casa nos fundos do terreno de sua família para que morasse com a criança.
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No que deveria ser a 42ª semana de gestação, a verdade veio à tona. Desesperada por ter que ir ao hospital, já que havia chegado a hora do parto, a falsa grávida confessou a mentira. Primeiro, disse que havia confundido a gravidez com um mioma. Depois, que sofrera um aborto aos oito meses. João logo procurou a polícia e a Justiça.
A mulher foi condenada a pagar uma indenização de R$ 33,6 mil à vítima, sendo R$ 23,6 mil como restituição pelos prejuízos e R$ 10 mil por danos morais. "A ré gerou não apenas frustração pela expectativa criada, mas efetivo sentimento de vergonha, tristeza e humilhação considerável, um verdadeiro estelionato sentimental", afirmou o juiz José Augusto Marzagão na decisão publicada no dia 11 de julho.
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À justiça, o advogado representante de João, Alcy de Camillis Petroni, explicou que o homem ficou “destruído emocionalmente pelas expectativas criadas e por ter sido enganado por tanto tempo por alguém que só visava vantagens financeiras”. A jovem, que não apresentou defesa no processo, ainda pode recorrer.
Com informações do UOL.