No Brasil, a violência contra as mulheres é um problema grave e persistente. Segundo a Rede de Observatórios da Segurança, mais de 2.400 mulheres sofreram algum tipo de violência e quase 500 delas foram assassinadas por questões de gênero em 2022. Isso significa que uma mulher é vítima de violência a cada 4 horas.
Para enfrentar essa situação e proteger as mulheres em situação de violência, existem as Casas da Mulher Brasileira, que oferecem atendimento humanizado e integrado em um só lugar. Nelas, as mulheres podem contar com serviços de acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; acesso à Justiça, ao Ministério Público e à Defensoria Pública.
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Nesta segunda-feira (17) e terça-feira (18), acontece em Brasília o 1° Encontro Nacional das Casas da Mulher Brasileira, com objetivo de atualizar as diretrizes e protocolos de atendimento das Casas para salvar vidas e acolher mais as mulheres.
No encontro, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou a importância de dar efetividade ao atendimento nas Casas. “Para que não tenhamos cada local com uma casa isolada, sozinha, nós precisamos ter uma linha de atendimento, uma linha da qualidade, da efetividade do resultado, enquanto uma política nacional que vai dar conta de respaldar a vida das mulheres e garantir segurança no atendimento”.
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Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, ressaltou a necessidade de acolhimentos diferenciados às mulheres atendidas nas Casas. “Não podemos mais pensar em uma casa com atendimento de forma padronizada”. E afirma que a diversidade precisa ser considerada. “Estamos falando de mulheres indígenas, negras, de periferia, quilombolas e ribeirinhas que estão em todos os lugares onde a violência também está muito presente. Então é muito importante essa adequação, esse olhar especial para essa diversidade”, disse.
“Estamos falando de mulheres indígenas, negras, de periferia, quilombolas e ribeirinhas que estão em todos os lugares onde a violência também está muito presente. Então é muito importante essa adequação, esse olhar especial para essa diversidade”
A construção de 40 novas Casas da Mulher foi anunciada pelo governo federal em março. Na Bahia, estão previstas quatro, com investimento de R$ 47 milhões, nas cidades de Itabuna, Feira de Santana, Salvador e Irecê, com previsão de serem inauguradas em outubro deste ano. Já na Paraíba, estão previstas para serem construídas outras duas, uma em em Patos e outra em João Pessoa, com investimentos de R$ 30 milhões de reais.
Vale lembrar uma pesquisa recente realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), ligado à ONU, onde foi revelada uma taxa de 85% de preconceito contra a mulher na população brasileira, ou seja, grande parte da nossa população possui pelo menos um tipo de preconceito contra o gênero feminino.
A pesquisa investigou as dimensões de violência em que meninas e mulheres enfrentam em situações de desvantagens e discriminação, dentre elas estão a integridade física, ducacional, política e econômica. Confira a matéria completa aqui.
*Com informações de Agência Brasil