Os acusados de matar o jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista brasileiro Bruno Pereira mudaram sua confissão à polícia nesta segunda-feira (8). Agora eles afirmam que agiram em legítima defesa, alegando que Bruno atirou primeiro.
A audiência aconteceu por videoconferência em Tabatinga (AM), já que os acusados estão em presídios federais. O advogado da família de Dom afirmou em entrevista à Agencia Brasil que eles haviam confessado anteriormente que atiraram primeiro.
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Esse foi o primeiro depoimento dos acusados à Justiça, e agora as partes envolvidas no processo irão requerer suas últimas provas. Depois disso, o juiz decidirá se os acusados irão a júri popular.
Oito envolvidos
As autoridades policiais suspeitam de pelo menos oito pessoas envolvidas nos homicídios e na ocultação dos corpos. O suposto mandante do assassinato, Rubens Villar Pereira, foi posto em liberdade provisória após pagar fiança de R$ 15 mil em outubro de 2022.
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Os dois homens foram mortos em junho do mesmo ano enquanto trabalhavam juntos para denunciar crimes socioambientais na região do Vale do Javari. A região é conhecida por ter a maior concentração de povos isolados e de contato recente do mundo.
Dom Phillips tinha planos de publicar um livro sobre as questões que afetam o território e estava investigando informações na época. A Terra Indígena Vale do Javari abriga 64 aldeias de 26 povos e cerca de 6,3 mil pessoas.