Morreu aos 63 anos de idade, neste sábado (8), o ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O magistrado estava internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS), para o tratamento de um câncer.
O falecimento do magistrado foi comunicado pelo STJ e lamentado pela presidente da Corte, ministra Maria Thereza de Assis Moura. “A Justiça brasileira perde um de seus mais brilhantes e dedicados operadores. Sanseverino teve uma carreira admirável, e seu legado como jurista, magistrado e professor é uma inspiração. Ele deixa um exemplo de integridade, de amor à família, de amizade, de seriedade profissional e de preocupação verdadeira com a justiça em seu sentido mais profundo”, disse a juíza.
Sanseverino nasceu em Porto Alegre, era casado e deixa dois filhos. Iniciou sua carreira no serviço público como agente administrativo do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) e, na sequência, como assistente superior judiciário do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). Bacharel em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do seu estado, se tornou promotor de justiça em 1984, após ser aprovado em primeiro lugar no concurso público, e, em 1986, começou a sua trajetória como juiz de direito, atuando em várias comarcas.
Em 2010, foi indicado ao STJ pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e estava desde então na Corte. Em 2020, o magistrado passou a integrar também a Corte Especial e, desde novembro de 2021, era ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Presidente do TSE e ministro do STF, Alexandre de Moraes prestou condolências pela morte do colega. "Em nome da Justiça Eleitoral, expresso profundo pesar e solidariedade aos familiares e amigos do Min. Paulo de Tarso Sanseverino, que nos honrou com sua competência, lealdade e amizade. Um grande magistrado, amigo e ser humano", escreveu através das redes sociais.