TERROR

Ataques a escolas: pais devem "pagar" por crimes dos filhos, diz governador de Goiás

Após ataque em escola de Santa Tereza de Goiás, Ronaldo Caiado chegou a dizer que "mandou deter" pais do aluno, de 13 anos, que esfaqueou dois colegas e uma professora.

Ronaldo Caiado e a escola alvo de ataque em Santa Tereza de Goiás.Créditos: Governo de Goiás / Reprodução
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), iniciou um levante para colocar os pais de alunos no centro do debate sobre ataques terroristas cometidos em escolas.

Nesta terça-feira (11), após um garoto esfaquear dois colegas e uma professora em escola estadual de Santa Tereza de Goiás, Caiado reuniu o secretaria e entidades vinculadas à educação e segurança pública para desenvolver medidas de contenção da violência.

Em entrevista logo após, o governador de Goiás afirmou que os pais devem "pagar pela omissão ou conivência dos crimes cometidos pelos filhos”.

“Nós temos que entender que existe aqui a necessidade de nós responsabilizarmos os pais e as redes sociais. Não é possível mais nós admitirmos que os pais, que sabem muito bem que têm o direito de ter acesso a todo o conteúdo das redes sociais dos seus filhos, amanhã aleguem desconhecimento do que está ocorrendo. Então os pais terão não só que ter a responsabilidade como pagar pela omissão ou conivência dos crimes cometidos pelos filhos”, disse.

Mais cedo, em entrevista à Rádio Bandeirantes logo após a divulgação das notícias sobre o ataque em Santa Tereza, o governador falou que “mandou deter” os pais do adolescente de 13 anos preso após o atentado a facas.

“Temos que saber se está existindo alguma conivência ou omissão por parte dos pais. Vou avaliar qual é o grau de envolvimento, de convivência, omissão ou até estimulando as crianças a serem agressivas na escola. E responsabilizar os pais, ou o pai, mãe ou os dois, para que a gente possa avançar no cumprimento de penas mais rígidas para essas pessoas”, emendou.

Ao portal Uol, no entanto, Caiado disse que "usou o verbo deter" mais por "força de expressão". Ele afirmou que pediu para que os pais fossem ouvidos, o que é praxe na investigação policial.

“Temos que saber se está existindo alguma conivência ou omissão por parte dos pais. Vou avaliar qual é o grau de envolvimento, de convivência, omissão ou até estimulando as crianças a serem agressivas na escola. E responsabilizar os pais, ou o pai, mãe ou os dois, para que a gente possa avançar no cumprimento de penas mais rígidas para essas pessoas”, afirmou.