Indiciado por agressões verbais, difamação e ameaça ao advogado Cristiano Zanin no aeroporto de Brasília, no último dia 11 de janeiro, o empresário Luiz Carlos Bassetto Júnior simplesmente não compareceu à audiência de custódia do caso marcada para esta quarta-feira (12). Ele é alvo de ação movida pela Ordem dos Advogados do Brasil após o episódio. Zanin é advogado do presidente Lula (PT) e um dos nomes para assumir a vaga de Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal.
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A ausência de Bassetto Júnior se deve ao fato de que ele não foi encontrado, para ser intimado, no endereço que declarou à Justiça. Agora deve ser procurado em outros endereços que a polícia irá apontar. Zanin compareceu à audiência e esteve acompanhado dos advogados Alberto Zacharias Toron, Fernanda Tortima e Ulisses Rabaneda. Os profissionais acompanham o caso em nome do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que move a ação.
Confirmada a ausência do agressor, o juiz Nelson Ferreira Júnior, da 6ª Vara Criminal do Distrito Federal determinou a marcação de uma nova audiência de custódia no próximo dia 17 de maio.
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Relembre o caso
Os ataques ocorreram no último dia 11 de janeiro, no Aeroporto de Brasília. Zanin escovava os dentes quando foi abordado por Luiz Carlos Bassetto Júnior, já com a câmera do celular gravando a cena. Entre ofensas nas quais o advogado é chamado de “vagabundo”, em dado momento o detrator sugere uma agressão física ao profissional. Zanin, com muita paciência e sangue frio, apenas ignorou os ataques.
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Ao sair do banheiro, um policial já aguardava o advogado, que reportou o ocorrido. Três dias depois, Zanin confirmou a identidade do agressor. Bassetto Júnior tem 29 anos e é residente de São Paulo. Quando procurado, ele afirmou ao Brasil247 que não é o autor das agressões e não estava em Brasília no dia 11. No entanto, a Polícia Civil do DF atestou durante a investigação que o homem gravado era de fato Bassetto Júnior. Além disso, o agressor estava em conexão para Miami, na Flórida (EUA). Não há informações sobre seu possível retorno ao Brasil.
Com a denúncia feita e apoiada pelo vídeo produzido pelo próprio Bassetto Júnior, o delegado responsável pelo caso viu elementos que qualificam os crimes de ameaça, injúria e incitação ao crime, que neste caso seria de agressão física. A Polícia Civil aprestou nesta quarta-feira um Termo Circunstanciado ao 2º Juizado Especial Criminal de Brasília. Agora resta notificar o agressor.
Nos dias subsequentes a OAB entrou com uma queixa-crime contra Bassetto Júnior por calúnia, injúria e difamação contra Zanin. No documento, também é pedido um pagamento de R$ 150 mil de indenizações por danos morais.
Em 25 de janeiro, Bassetto Júnior era indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal. Cerca de duas semanas depois, na metade de fevereiro, a coluna da Bela Megale, em O Globo, anunciou que a audiência de conciliação do caso estava marcada para esta quarta-feira, 12 de abril.