COMIDA NO PRATO

Aumento da merenda escolar para ajudar no combate à fome

Governo Lula anuncia reajuste de verbas do Programa Nacional de Alimentação Escolar depois de congelamento de cinco anos

Créditos: Secretaria de Educação de Goiânia - Depois de cinco anos, merenda escolar terá reajuste
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Depois de cinco anos sem reajuste, o governo Lula anunciará nesta sexta-feira (10) um aumento de até 39% dos repasses para a merenda escolar. O anúncio será oficializado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro com prefeitos, marcado para esta tarde em Brasília. 

Durante o encontro, o presidente, além de anunciar os novos valores, vai reafirmar o compromisso com o combate à fome, a qualidade da comida servida nas escolas públicas, a agenda dos municípios e o cuidado com os brasileiros que mais precisam.

Neste terceiro governo Lula, a merenda escolar é vista como ferramenta essencial na estratégia de combate à fome e à desnutrição infantil e de estímulo à alimentação saudável.  A intenção é reforçar o papel do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), inclusive com a retomada da parceria com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), prevista para as próximas semanas.

Os valores dos repasses do governo federal ao Distrito Federal, estados e municípios para o PNAE, usado para a compra da merenda escolar, está com uma defasagem estimada em 35% diante da inflação acumulada no período.

Nos últimos anos, os valores defasados criaram dificuldades para que escolas servissem a merenda escolar com a qualidade necessária. Isso fez com que muitas trocassem a refeição por lanches e bolachas.

Alimentação saudável

A estimativa do governo é investir R$ 5,5 bilhões neste ano, o que vai beneficiar um contingente de 40 milhões de alunos de escolas públicas e, consequentemente, famílias que têm na escola um apoio importante para a alimentação saudável dos filhos.

O valor destinado por aluno do ensino fundamental e médio terá acréscimo de 39%, acima do IPCA do período. Nessa faixa, está concentrada a maior parte dos alunos da rede pública. São 24 milhões de estudantes, o correspondente a 60,5% do total.

Para os cerca de 3,6 milhões de alunos de pré-escola e da educação básica para indígenas e quilombolas, o reajuste será de 35%. No caso de 11,7 milhões de crianças em creches, alunos de escolas em tempo integral, da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e do atendimento especializado, que já têm hoje um repasse maior, a correção será de 28%.

Por meio do PAA, o Governo Federal apoia a compra direta de alimentos saudáveis produzidos pela agricultura familiar e redireciona para escolas, creches, restaurantes comunitários e para projetos sociais que trabalham a questão da insegurança alimentar.

Combate à fome

O reajuste da merenda escolar se articula com outras ações recentes do governo Lual em torno da questão da segurança alimentar e nutricional. Entre elas estão o relançamento do Bolsa Família, que passou a incluir um adicional de R$ 150 por criança de até seis anos dentro da estrutura familiar, além de R$ 50 reais por criança e adolescente entre sete e dezoito e gestantes; a retomada do Minha Casa, Minha Vida, com o compromisso de contratar dois milhões de unidades habitacionais até 2026 e gerar emprego e renda nas construções, além da política de valorização do salário mínimo e da reativação de entidades da sociedade civil essenciais para a superação da fome, como o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).