Mais um escândalo sobre o período em que Jair Bolsonaro e sua esposa Michelle ocuparam as residências oficiais da presidência em Brasília, entre as inúmeras acusações que surgiram nos últimos dias, veio à tona nesta quarta-feira (8). A gestão do ex-presidente teria levado duas emas que estavam na Granja do Torto à morte.
Bolsonaro e Michelle já foram acusados de suposto extravio de móveis e até mesmo de comida da Palácio da Alvorada, rachadinha, morte de peixes do espelho d'água, cenas de surto e violência e, agora, maus-tratos com as emas.
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Segundo reportagem do portal UOL, o governo Lula informou que, ao ocupar o Palácio da Alvorada e Granja do Torto, constatou que as emas estavam sendo alimentadas com restos de comida humana, pois o governo Bolsonaro havia cortado recursos para a compra de ração.
Relatório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Casa Civil aponta que as aves estavam sem acompanhamento veterinário e vivendo em instalações inadequadas. Além disso, o documento dá conta de que os animais estavam sendo alimentados com ração misturada à arroz e milho, como forma de economizar, já que a gestão Bolsonaro utilizou apenas um terço do orçamento anual destinado à manutenção dos animais. Isso levou duas emas a morrerem por excesso de gordura visceral, abdominal e no fígado.
Diante do cenário, o governo Lula decidiu transferir parte das emas e outros animais (4 papagaios; 3 araras canindé; 2 pavões; 1 periquito-de-encontro-amarelo e 1 pássaro-preto) para o Jardim Zoológico de Brasília. No local, os bichos terão acompanhamento veterinário adequado.
Entre outras medidas, o governo Lula informou que vai ajustar a alimentação, contratar responsáveis técnicos para acompanhamento constante dos animais, ajustar as instalações, atualizar vacinas e adotar outros cuidados para que eles se reproduzam com segurança.