A argentina Florencia Aranguren, de 31 anos, foi encontrada morta a facadas, nesta quarta-feira (6), em uma trilha que dá acesso a uma praia em Búzios, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro.
A vítima foi encontrada pela Guarda Civil Municipal após aviso de um morador que passava pela trilha. Ela estava acompanhada do seu cachorro, Tronko, que foi encontrado amarrado ao seu corpo por uma coleira e apresentava manchas de sangue.
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Até o momento, algumas informações já foram desvendadas sobre o crime. O motivo, porém, permanece um mistério.
Sobre a vítima
Florencia Aranguren era acrobata e morava na cidade de Búzios havia apenas três dias. Ela não tinha parentes na região nem no país. No dia em que foi morta, tinha ido à praia para se banhar, fazer exercícios e passear com seu cachorro, por volta das 7h.
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Sobre o suspeito
O suspeito do crime, o lavrador Carlos José de França, de 31 anos, foi preso horas depois em flagrante após o cachorro de Florencia ajudar na identificação. O cão teria reagido de forma voraz perto do homem, que foi encontrado com manchas de sangue se lavando dentro de um condomínio próximo ao local do crime.
França já tinha cinco passagens pela polícia, uma por roubo e estupro de uma adolescente em 2009, em Pernambuco. Ele havia sido condenado a 15 anos de prisão, depois convertida em regime semiaberto.
Florencia levou 18 facadas e lutou com crimonoso
De acordo com o laudo do Instituto Médico-Legal (IML), Florencia levou 18 facadas. A maioria das lesões na região do pescoço. A morte foi provocada por uma hemorragia externa causada pelas facadas.
A vítima também apresentava escoriações contínuas no cotovelo esquerdo e na dorsal do pé direito, o que indica que ela foi arrastada até o local onde foi encontrada.
A investigação também indica que Florencia entrou em luta corporal com o criminoso pois, segundo o laudo, ela também tinha múltiplas feridas nos dedos indicador e anelar esquerdos, que são produzidos por situações de defesa.
A vítima foi observada antes do crime
Segundo relato de um morador divulgado nesta sexta-feira (8), Florencia foi observada "sem parar" antes de ser morta. Ele conta que ela foi vista por dois homens, um de moto e um de bicicleta, enquanto se banhava na Praia de José Gonçalves. Após perceber que o morador estava reparando neles, o homem de moto foi embora. O de bicicleta continuou olhando Florencia e parecia nervoso, segundo o morador. "Na hora, achei estranho, mas não imaginei que algo assim acontecesse", disse.
Repercussão na Argentina
A imprensa argentina divulgou a morte de Florencia como um "horror" e destacou os dados de violência na região. “Búzios deixou de ser um paraíso”, diz uma manchete do Clarín, jornal de maior circulação da Argentina.
Família da vítima
Na manhã desta quinta-feira (7), a família de Florencia chegou ao Brasil para reconhecimento do corpo. A irmã, Mariana, afirmou que todos estão atentos ao crime para cobrar que a justiça seja feita.
Ela também disse que, após cremação do corpo, ocorrerá o traslado das cinzas para que os familiares possam se despedir já no país de origem. De acordo com a Lei 6.015/73, em caso de crime, a cremação só pode ocorrer mediante autorização judicial.