Na manhã do último sábado (16), a cidade de São Vicente, localizada na Baixada Santista, testemunhou mais uma tragédia decorrente da violência doméstica que assola o país. Carla Ingridy de Oliveira, uma mulher de 29 anos e mãe de duas filhas, foi brutalmente assassinada com um tiro na cabeça pelo seu ex-marido, de 31 anos, que posteriormente cometeu suicídio, de acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP). A identidade do autor não foi oficialmente divulgada.
A vítima havia recentemente se mudado para uma nova residência com suas filhas, em busca de um recomeço. A Polícia Militar foi acionada após um vizinho ouvir três disparos e, ao chegar ao local, encontrou o homem ainda com vida, acionando imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Polícia Militar. O autor dos disparos foi encontrado morto, ao lado da arma do crime.
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A arma de fogo utilizada no feminicídio foi apreendida e encaminhada para perícia técnica. O caso foi registrado como feminicídio e instigação ao suicídio na Delegacia de Polícia de São Vicente, no litoral de São Paulo. A família e amigos de Carla Ingridy estão devastados pela perda, expressando sua dor nas redes sociais.
Uma irmã da vítima compartilhou sua consternação nas redes sociais, escrevendo: "Com muita dor no coração, estou me despedindo de você". Muitos amigos e conhecidos de Carla demonstraram indignação com o trágico incidente. Uma amiga da vítima enfatizou a necessidade de penas mais severas contra o feminicídio, destacando: "Estamos perdendo mulheres incríveis por conta da inescrupulosidade machista". Outra amiga questionou até quando casos como o de Carla ocorrerão, descrevendo a situação como "triste demais".
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O velório e sepultamento de Carla Ingridy foram marcados para esta segunda-feira (18), no Cemitério Municipal São Vicentino, onde amigos e familiares se reúnem para prestar suas últimas homenagens.
Este trágico episódio de feminicídio ocorre em meio a um cenário alarmante no Estado de São Paulo. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), os casos de feminicídio aumentaram assustadoramente, atingindo um aumento de 36% no primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período no ano anterior. O número total de ocorrências chega a 113, representando o maior registro para o primeiro semestre desde que o governo começou a divulgar esses dados em 2018.
Além disso, o relatório da SSP-SP também revelou um aumento de 11% nos homicídios dolosos cometidos contra mulheres no mesmo período, totalizando 119 casos. Esses números refletem uma tendência preocupante de aumento da violência contra as mulheres, exigindo ações urgentes por parte das autoridades e da sociedade para combater essa triste realidade que ceifa vidas e destrói famílias.
O caso de Carla Ingridy serve como um triste lembrete de que a violência doméstica e o feminicídio continuam sendo um problema sério e crescente em nosso país, exigindo a mobilização de todos os setores da sociedade para promover a conscientização, a prevenção e o combate a esse crime hediondo.