A nova onda de violência atravessada pelo bairro de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em que assaltos cometidos por gangues numerosas de adolescentes vêm se proliferando, o que fez com que grupos de moradores que se assumem como “justiceiros” passasse a agir na localidade, já resultou num episódio indignante.
Um homem que vende balas no bairro, confundido com um ladrão, foi brutalmente espancado por esses bandos que agem por contra própria contra os criminosos, na tarde de quarta-feira (6). Revoltado e com o rosto deformado pelas agressões, Matheus Almeida deu entrevista à TV Globo. A fala do trabalhador surrado pelo grupo de moradores de Copacabana “por engano” é de causa indignação.
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“Sou pai de família, trabalho honestamente. Sou trabalhador, todo mundo sabe. Olha como eu me visto, não sou mendigo, não sou cracudo. Eu saí lá de Santa Cruz, tenho uma filha, uma esposa e preciso levar alimentação para casa. Não preciso roubar nada de ninguém. Meu negócio é trabalhar”, disse Matheus.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro disse que já tomou conhecimento do caso envolvendo o ambulante, assim como das ameaças veiculadas nas redes sociais por esses bandos “justiceiros”. Segundo a Secretaria da Polícia Civil do Estado, os responsáveis pelas 12ªDP, em Copacabana, e 13ªDP, no bairro vizinho de Ipanema, já estão agindo para identificar os agressores tanto do caso do rapaz espancado “por engano”, quanto os autores de postagens em grupos de moradores e em perfis na internet que incentiva a prática da “justiça com as próprias mãos”, o que inclusive é crime no Brasil, previsto no artigo 345 do Código Penal.
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Veja o vídeo com o depoimento revoltante da vítima: