A Enel, empresa privada italiana que opera a energia elétrica no estado de São Paulo, reduziu cerca de 36% dos seus funcionários desde 2019, somando terceirizados e contratados.
Desde sexta-feira (3), milhões de pessoas no estado de São Paulo estão com problemas de energia devido às fortes chuvas, que desestabilizaram o sistema elétrico da capital paulista, do litoral e de cidades no interior.
Te podría interesar
A falta de luz prejudica hospitais, comerciantes, empresários e pessoas que pagam suas contas de luz para a empresa que detém a concessão para operar o sistema elétrico no maior estado do país.
Segundo informação da CNN, desde 2019, a empresa tem reduzido drasticamente o seu pessoal para redução de custos, apesar do aumento de mais de 7% no número de consumidores.
Te podría interesar
A apuração, feita com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mostra que, em 2019, a Enel SP possuía um colaborador para atender a cada 307 clientes em média.
Atualmente, a equipe de funcionários tem a responsabilidade de atender a uma média de 511 consumidores por colaborador.
A empresa nega a piora do serviço, mesmo com milhões de paulistas sem energia por mais de 50 horas. A empresa afirmou através de nota que "tem trabalhado em tempo recorde".
“Naquele ano (2019), em uma situação de fortes chuvas, a Enel São Paulo restabeleceu o fornecimento de energia para 650 mil clientes em até 24 horas. No último sábado (4), após a ventania de mais de 100km/h – a mais intensa registrada nos últimos anos com danos severos à rede de distribuição – 960 mil clientes tiveram o fornecimento de energia normalizado em 24 horas", afirma.
“Esse volume recorde de investimento está sendo destinado, principalmente, à digitalização e automação da rede elétrica, o que tem refletido na melhora dos indicadores de qualidade e na eficiência da companhia”, diz o texto da empresa.