Pequenos tremores foram registrados na região do Mutange, um dos bairros de Maceió (AL) que foram desocupados por causa do afundamento do solo. O monitoramento foi intensificado depois disso e a Defesa Civil recomendou à população que evite circular a pé ou em embarcações.
Apenas em novembro, já foram cinco abalos sísmicos sentidos nos bairros do Mutange, Bebedouro e Pinheiro, conforme informou a Defesa Civil Municipal. O órgão alertou, nesta quarta-feira (29), para o “risco iminente de colapso em uma das minas monitoradas”.
Te podría interesar
A região afetada tem 35 cavernas que foram abertas para extração de sal-gema, ao longo de décadas de mineração. Porém, estão sendo fechadas desde que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmou que a atividade realizada pela Braskem havia provocado o problema.
Apesar de os novos tremores assustarem a população da região, Abelardo Nobre, coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió, garante que ainda não há indício de que a movimentação represente perigo aos imóveis, mas que o caso está sendo investigado.
Te podría interesar
Defesa Civil aponta que ainda não há perigo
“Os tremores não apresentam um grau de risco ainda, pois tratam-se de abalos microssísmicos e não possuem energia suficiente para causar danos. Portanto, tranquilizamos a população e as atividades no local [fechamento das minas] foram paralisadas até segunda ordem para entendermos melhor o que está acontecendo”, afirmou, em entrevista ao G1.
Os tremores também foram registrados pelo Observatório Sismológico de Brasília.
Entretanto, mesmo com todas as recomendações e os relatos da Defesa Civil, os moradores afirmam que estão com muito medo de que algo grave possa acontecer.