Kathly Lucas Machado e Valmir Quintino. Estes são os nomes dos dois suspeitos mortos em tiroteio com a PM na última sexta-feira (10), após pousarem com um avião de pequeno porte com 400kg de cocaína na pista da Fazenda Talismã, de propriedade do astro sertanejo Leonardo. Eles tinham condenações em aberto por tráfico de drogas e homicídio e não resistiram aos ferimentos.
Kathly Machado é natural do Tocantins e Valmir Quintino, de Goiás. No momento do confronto, Quintino portava documentos falsos e só posteriormente sua real identidade foi descoberta. Ele era considerado foragido e tinha ao menos um mandado de prisão em aberto, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça. A pena imposta pela 2ª Vara de Execução Penal de Goiânia era de 12 anos em regime fechado por homicídio.
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Kathly Lucas, por sua vez, também tinha um mandado de prisão aberto em seu nome. No caso dela, por tráfico de drogas. A pena imposta pela 2ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia era de 4 anos, 10 meses e 10 dias em regime semiaberto.
Entenda o caso
De acordo com funcionários do artista, que não se encontrava na propriedade rural, a aeronave invadiu a área e aterrou, para que então sua carga fosse colocada numa picape que invadiu a fazenda por terra.
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Diante da ação, os empregados de Leonardo acionaram a Polícia Militar pelo 190. Uma operação conjunta com a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi rapidamente montada para tentar localizar os traficantes, que estariam fortemente armados.
Momentos depois, numa rodovia federal da região, o veículo dos criminosos foi localizado e teve início uma perseguição. Ao resistirem à abordagem disparando contra os policiais, informa a Secretaria de Segurança Pública de Goiás, dois homens foram mortos e outros dois acabaram presos. O confronto teria sido com agentes da PRF.
O governo goiano emitiu uma nota classificando a ação como uma “operação de sucesso”, resultado de um “esforço coordenado” entre os três órgãos de segurança de diferentes esferas.
O delegado Bruno Gama, da Polícia Federal, afirmou que “invadir uma fazenda com pessoas presentes é incomum. Geralmente, eles (os traficantes) fazem isso quando não há ninguém no local. Essas aeronaves voam abaixo do radar e, como elas não tem um plano de voo, não conseguimos identificar para onde vão. Tudo será apurado”.
Ainda segundo o delegado, apesar da aeronave ter um prefixo boliviano, ainda será apurado se o avião tem origem nesse país, já que existe a possibilidade de ser um número clonado. As próximas etapas da investigação devem envolver a perícia da droga apreendida, bem como de outros bens encontrados com os criminosos mortos. Testemunhas e moradores da região também serão ouvidos.