Nesta sexta-feira (27) o Comando Militar do Sudeste puniu mais 2 militares com prisão administrativa por envolvimento indireto com o roubo histórico que subtraiu 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri. Agora, o total de militares em prisão administrativa por conta do caso chega a 19.
Condenados por “falha de conduta” e “erro de procedimento” no controle do armamento, esse grupo ficará preso no quartel por até 20 dias. Além deles, outros 6 militares são processados criminalmente e tiveram prisão preventiva pedida pelo Comando.
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A Justiça Militar quebrou os sigilos telemático, telefônico e bancário dos 6 e, de acordo com informações divulgadas na imprensa, podem pegar penas de até 17 anos de prisão. Ao todo, são 25 militares punidos pelo roubo entre prisões administrativas e processos criminais.
O furto foi confirmado pelo Exército em 13 de outubro. Durante inspeção realizada no dia 10 foi constatado o sumiço de 13 metralhadoras calibre .50 e 8 de calibre 7.62. As .50 são famosas por terem a capacidade de derrubar aeronaves. Seu alcance e poder de fogo são de conhecimento público.
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480 militares lotados no AGSP foram aquartelados por cerca de 10 dias logo em seguida, ou seja, ficaram retidos no quartel. Impossibilitados de saírem e de utilizarem celulares e redes sociais. A medida foi tomada pelo Exército a fim de fazer uma devassa em toda a tropa em busca de suspeitos. Os 6 que hoje estão acusados criminalmente estiveram retidos.
Na última semana a Polícia Civil do Rio de Janeiro recuperou 8 fuzis que seriam vendidos para o Comando Vermelho, na comunidade de Gardênia Azul, na zona oeste do Rio de Janeiro. Dias depois foi a vez dos policiais paulistas encontrarem outras 9 armas em um lamaçal no município de São Roque, no interior de São Paulo. As armas seriam entregues ao PCC.
Maior roubo de armas do Exército
Este foi o maior furto de armas do Exército desde que tal modalidade de crime começou a ser contabilizada, em 2009, pelo Instituto Sou da Paz.
Naquela ocasião, em 8 de março de 2009, sete fuzis foram roubados do 6º Batalhão de Infantaria Leve de Caçapava, no interior de São Paulo. Criminosos haviam invadido o local e roubado as armas. Após investigação, a Polícia Civil recuperou os armamentos e prendeu os suspeitos. Um deles era militar.
Em 2010 foram 18 armas roubadas e 5 recuperadas. Em 2011, 6 armas foram roubadas e 3 recuperadas. Até 2020 (excluindo o ano de 2014 quando o levantamento não foi realizado), foram 67 armas roubadas e 16 recuperadas.