ARSENAL DE GUERRA DE SP

Número de militares presos por roubo de metralhadoras chega a 25

Entre os presos, 19 estão em prisão disciplinar e não tiveram envolvimento direto no roubo enquanto outros 6 tiveram a prisão preventiva pedida pelo Comando Militar do Sudeste

Militares - imagem ilustrativa.Créditos: Tomaz Silva/Arquivo/Agência Brasil
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Nesta sexta-feira (27) o Comando Militar do Sudeste puniu mais 2 militares com prisão administrativa por envolvimento indireto com o roubo histórico que subtraiu 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri. Agora, o total de militares em prisão administrativa por conta do caso chega a 19.

Condenados por “falha de conduta” e “erro de procedimento” no controle do armamento, esse grupo ficará preso no quartel por até 20 dias. Além deles, outros 6 militares são processados criminalmente e tiveram prisão preventiva pedida pelo Comando.

A Justiça Militar quebrou os sigilos telemático, telefônico e bancário dos 6 e, de acordo com informações divulgadas na imprensa, podem pegar penas de até 17 anos de prisão. Ao todo, são 25 militares punidos pelo roubo entre prisões administrativas e processos criminais.

O furto foi confirmado pelo Exército em 13 de outubro. Durante inspeção realizada no dia 10 foi constatado o sumiço de 13 metralhadoras calibre .50 e 8 de calibre 7.62. As .50 são famosas por terem a capacidade de derrubar aeronaves. Seu alcance e poder de fogo são de conhecimento público.

480 militares lotados no AGSP foram aquartelados por cerca de 10 dias logo em seguida, ou seja, ficaram retidos no quartel. Impossibilitados de saírem e de utilizarem celulares e redes sociais. A medida foi tomada pelo Exército a fim de fazer uma devassa em toda a tropa em busca de suspeitos. Os 6 que hoje estão acusados criminalmente estiveram retidos.

Na última semana a Polícia Civil do Rio de Janeiro recuperou 8 fuzis que seriam vendidos para o Comando Vermelho, na comunidade de Gardênia Azul, na zona oeste do Rio de Janeiro. Dias depois foi a vez dos policiais paulistas encontrarem outras 9 armas em um lamaçal no município de São Roque, no interior de São Paulo. As armas seriam entregues ao PCC.

Maior roubo de armas do Exército

Este foi o maior furto de armas do Exército desde que tal modalidade de crime começou a ser contabilizada, em 2009, pelo Instituto Sou da Paz.

Naquela ocasião, em 8 de março de 2009, sete fuzis foram roubados do 6º Batalhão de Infantaria Leve de Caçapava, no interior de São Paulo. Criminosos haviam invadido o local e roubado as armas. Após investigação, a Polícia Civil recuperou os armamentos e prendeu os suspeitos. Um deles era militar.

Em 2010 foram 18 armas roubadas e 5 recuperadas. Em 2011, 6 armas foram roubadas e 3 recuperadas. Até 2020 (excluindo o ano de 2014 quando o levantamento não foi realizado), foram 67 armas roubadas e 16 recuperadas.