Os alunos da Escola Estadual Sapopemba, alvo de ataque a tiros na segunda-feira (23), que deixou uma estudante morta e três feridos, pedem aulas online devido ao medo e angústia. O abaixo-assinado também conta com a assinatura de pais e responsáveis.
O formulário está sendo realizado por um site onde os estudantes listaram os “motivos para assinar”. A meta é atingir 10 mil assinaturas - até agora, já haviam 9,8 apoiadores.
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“Será inevitável ficar cinco horas na sala de aula, com medo, angústia, e esperando os sons de tiros. Sons que a todo momento se repetem em minha cabeça. E a imagem de correr e não parar, para não morrer”, escreve um aluno.
“Pela segurança de nossas crianças. E pelas vidas que se foram em outros casos como esse”, disse uma mãe.
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“Queria conseguir terminar a escola de um jeito decente, mesmo que seja pelo método EAD”, afirmou uma aluna.
Outro estudante pede que sejam colocadas portas com detectores de metal na entrada do colégio.
Relembre o caso
Nesta segunda-feira (23), um aluno de 16 anos da Escola Estadual Sapopemba fez um ataque a tiros contra alunos e professores. Uma aluna, de 17 anos, morreu após ser baleada, e outras três pessoas ficaram feridas. O atirador foi contido.
Este foi o nono ataque à uma escola apenas este ano, batendo um recorde do ano passado.
Segundo os alunos e a mãe do atirador, ele sofria bullying e agressões na escola por homofobia. A Polícia Civil está investigando o caso e suspeita que há influência de grupos extremistas que o garoto participava nas redes sociais. De acordo com o inquérito policial, ele tinha posts de cunho racista e neonazista.