A estudante morta em atentado a tiros nesta segunda-feira (23), na Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo se chamava Giovanna Bezerra Silva. Ela estava com 17 anos, estava no terceiro ano do Ensino Médio e morava no Jardim Sapopemba, perto da escola.
Giovanna foi atingida na cabeça por um colega da escola. Além dela, outras duas estudantes, de 15 anos, foram atingidas pelos disparos. Elas estão no 1º ano do Ensino Médio, na mesma sala do atirador.
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Giovanna chegou a ser socorrida ao pronto-socorro do Hospital Sapopemba, mas não resistiu aos ferimentos.
O ataque ocorreu por volta das 7h20. Um quarto aluno, de 18 anos, machucou uma das mãos ao tentar fugir durante o ataque pela janela.
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O autor dos disparos foi um adolescente, de 15 anos. Ele foi detido junto com a arma e levado para o 70º DP. Até a última atualização desta reportagem, a polícia não havia divulgado a motivação do ataque e nem a origem da arma.
Nesta segunda, amigos e parentes prestaram homenagens à vítima.
"Meus melhores momentos sempre foram ao seu lado. Nunca pensei que estaria escrevendo um texto de despedida, um último adeus, mas Deus sabe de todas as coisas. Não tenho palavras nesse momento, mas você sempre estará no meu coração. Te amo minha moça. Que Deus te receba de braços abertos aí no céu", escreveu uma amiga no Instagram.
"Descanse em paz, que o Senhor Jesus conforme o coração dos familiares e amigos", publicou outra amiga.
A última postagem de Giovanna nas redes sociais foi feita na tarde de domingo (22). A estudante publicou vídeo com amigos e um passeio feito no Parque Água Branca, localizado na Barra Funda.
Feridos
As duas estudantes que ficaram feridas pelos disparos foram levadas para o Hospital Estadual Sapopemba. Uma delas recebeu alta médica por volta das 11h30 desta segunda (23). Ela completará 16 anos na próxima quarta-feira (25).
Ela levou um tiro na região no abdômen. Segundo o pai da estudante, os médicos disseram que o projétil entrou e saiu do corpo da garota — entrou embaixo do peito e saiu pelas costas, sem atingir órgãos vitais. A equipe médica considerou melhor que a recuperação ocorra em casa, para evitar contaminação por bactérias do ambiente hospitalar.
Amigos e parentes
"Eu estava na sala e ouvi os disparos. Elas foram socorridas e estão bem. Uma chegou a ser levada para o centro cirúrgico, mas vai ficar tudo bem", disse ao g1 uma amiga das estudantes, que também é aluna da escola.
O pai de uma das feridas disse à TV Globo que a filha ligou por volta das 7h30 e o informou que havia sido atingida por um tiro. "Eu falei: 'que brincadeira é essa?'. Ela: 'não, pai, é sério, eu tomei um tiro, tomei um tiro", afirmou.