AGRESSÃO SEXUAL

Thiago Brennand é condenado a 10 anos e 6 meses de prisão por estupro

Empresário, que já foi acusado de crimes sexuais, cárcere privado, lesão e corrupção de menores, é réu em outros 6 processos e está em prisão preventiva

O empresário Thiago BrennandCréditos: Reprodução/Redes Sociais
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Nesta quarta-feira (11), o empresário Thiago Brennand foi condenado a dez anos e seis meses de prisão em regime fechado pelo crime de estupro. Ele já está em prisão preventiva e ainda será julgado por outros seis processos.

A decisão foi proferida pelo juiz Israel Salu, do Fórum de Porto Feliz, município de São Paulo, na região metropolitana de Sorocaba, após a realização de duas audiências.

A primeira, ocorrida no dia 30 de maio, ouviu a vítima e mais três testemunhas de defesa. Na segunda, no dia 21 de junho, Brennand, seu filho e uma empregada doméstica prestaram depoimento.

A condenação diz respeito a uma acusação de estupro feita por uma norte-americana que mora no Brasil e não teve a identidade revelada. Segundo o Ministério Público, a estadunidense afirmou ter sido estuprada na mansão do empresário, em um condomínio da cidade.

Brennand foi condenado com base no artigo 213 do Código Penal, “quando o réu constrange alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso, o estupro”. Em adição à reclusão, ele deverá pagar o valor de R$ 50 mil à vítima por danos morais.

O caso ainda aceita recurso. Em nota, a defesa de Brennand afirmou que a condenação foi "fundamentada apenas na palavra da vítima, completamente dissociada de todos os elementos de prova colhidos durante a instrução, os quais demonstraram de forma cristalina que o acusado nunca praticou violência sexual".

Relembre o caso

O caso Thiago Brennand ganhou notoriedade em setembro do ano passado, quando o empresário agrediu a modelo Alliny Helena Gomes durante uma discussão dentro de uma academia de ginástica na zona oeste de São Paulo. À época, ele já era investigado pelo Ministério Público de São Paulo por cometer crimes sexuais.

Uma prática comum do empresário era forçar as pessoas com quem ele se relacionava a realizar tatuagens com símbolos relacionados a sua família ou suas iniciais.

Brennand chegou a ser preso pela polícia dos Emirados Árabes, onde estava foragido, em outubro de 2022, mas logo foi solto. Foram seis meses até que ele fosse extraditado e preso preventivamente no Brasil, em abril deste ano.

O empresário responde por três processos em Porto Feliz (SP) e mais três na capital, São Paulo. As acusações incluem crimes sexuais, cárcere privado e ameaça.

Outros dois processos foram arquivados após um acordo entre as partes, um por ameaça contra o caseiro de uma propriedade em um condomínio de luxo e outro por injúria contra um garçom de um hotel.

Em julho deste ano, outras duas mulheres europeias acusaram Brennand por abuso e lesão corporal