ASSASSINATO

VÍDEO: Marido de cônsul alemão aparece cambaleando horas antes da morte

Belga mal conseguia se manter em pé na garagem do edifício onde moravam. Acusado pelo assassinato, que já foi embora do Brasil, tem mandado mensagens ameaçando vizinho e dizendo que “agora está seguro”

Créditos: G1/Reprodução
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Imagens do circuito de segurança do edifício, no Rio de Janeiro, onde viviam o cônsul alemão Uwe Herbert Hahn e seu marido, o belga Walter Henri Maximilien Biot, assassinado no dia 6 deste mês, mostram os últimos momentos da vítima viva, mas cambaleando, numa área da garagem do prédio localizado em Ipanema. Horas depois, a polícia seria acionada por Hahn para ser comunicada sobre uma suposta queda de Boit, que estava estirado no chão da cobertura onde moravam, já falecido.

A gravação mostra o belga saindo com o cachorro, mas ele caminha de maneira estranha e logo cai no chão, tendo dificuldades para se reerguer, usando um pequeno corrimão da rampa de acessibilidade do condomínio para isso. Sua saída se dá às 11h32 e o retorno ocorre às 11h42. A comunicação à polícia e o encontro do corpo de Boit acontece sete horas após o registro do vídeo.

Hahn foi acusado pela morte e chegou a ser preso, mesmo diante de um imbróglio legal por conta de sua imunidade diplomática. Colocando em liberdade, ele saiu do Brasil e voltou à Alemanha, no último domingo (28), o que só foi “notado” e noticiado após a Justiça decretar sua prisão preventiva, na segunda (29).

Ameaças ao vizinho

Após regressar à Alemanha, Hahn passou a ameaçar um vizinho do prédio que colaborou com as investigações e que seria amigo da vítima. O morador recebeu mensagens de WhatsApp com acusações que seriam falsas, além do fato de Hahn “comemorar” sua saída do Brasil e estar agora “em segurança”.

“Eu estou seguro. Você não. E você conhece a polícia, eles vão adorar a verdade sobre você, Loik e os outros. A delegada vai publicar tudo, mesmo sem prova”, escreveu Hahn para o vizinho, em francês, acreditando que as autoridades iriam prejudicá-lo por conta das acusações inventadas por ele.

“Eu não preciso estar seguro, ou fugir do país, diferente de você. Você é um assassino e matou meu amigo e vai pagar por isso. Você é procurado pela Interpol, ontem condenado a retornar à prisão, eu não vendo droga alguma, diferentemente de você, que matou seu marido e sabe disso. E eu não peguei dinheiro do seu marido que você ama tanto e que você deixou aqui. Era Walter que sempre me ajudava e que se escondia de você, que era submisso a você, que era aterrorizado por você”, respondeu o morador do edifício de alto padrão de Ipanema, também em francês.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que já está investigando as mensagens que, se comprovadas, podem render a Hahn uma nova acusação, desta vez por coação no curso do processo.

Veja o vídeo: