O cônsul alemão no Rio de Janeiro, Uwe Herbert Hahn foi preso na noite deste sábado (6) acusado de ser o autor da morte do seu marido Walter Henri Maximilien, de origem belga, no apartamento onde vivam em Ipanema, na zona sul do Rio. Hahn disse à polícia que Maximilien teria tido um mal súbito na noite de sexta (5) e morrido ao bater a cabeça na queda. No entanto, após análise do corpo no IML foi apontado que a vítima estava com marcas típicas de morte violenta, além da perícia ter apontado que o apartamento passou por limpeza após o acontecimento.
Logo que ocorreu o fato sobre o qual se busca esclarecimento, na última sexta (5), Uwe teria chamado uma ambulância para socorrer Maximilien, com quem foi casado por 23 anos. Mas o médico, ao chegar ao local, encontrou o belga já morto, com parada cardiorrespiratória e lesões na cabeça e nas nádegas. Na investigação do apartamento descobriu-se que uma secretária do cônsul foi enviada para fazer uma limpeza no imóvel, e manchas de sangue nos sofás só puderem identificadas pela polícia com o uso de tecnologias de investigação especificas para essa finalidade.
Te podría interesar
As lesões também foram confirmadas pelo IML. Além de um traumatismo craniano na nuca, a vítima também apresentava lesões no rosto, pernas, nádegas, peito e barriga.
Para a delegada Camila Lourenço, da 14a Delegacia de Polícia do RJ, localizada no bairro do Leblon, a versão do cônsul ficou contraditória em relação ao que foi apurado pela investigação, o que justificaria seu pedido de prisão. “O cadáver grita as circunstâncias de sua morte”, afirmou para a imprensa.
O casal morava no Rio há quatro anos. À polícia, o cônsul afirmou que o marido andava triste porque eles estariam de mudança para o Haiti. A vítima completaria 53 anos em 13 de agosto.
Até o fechamento desta nota não tivemos acesso ao que diz a defesa do cônsul.