Mayra Cotta, advogada de Dani Calabresa e de outras mulheres que acusam Marcius Melhem de assédio sexual e moral, foi condenada pelo Tribunal de Ética e Disciplina da OAB, em Brasília, por comportamento profissional antiético.
O julgamento ocorreu na noite desta segunda-feira (15). Ela recebeu uma censura transformada em advertência, mas ainda poderá recorrer da decisão.
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Cotta foi acusada pela defesa de Melhem de cometer irregularidades profissionais por acusar publicamente o ex-diretor de crimes não comprovados, além de "mercantilizar" a profissão.
A advogada Mayra Cotta assumiu o caso de Calabresa e outras sete mulheres, além se tornar também porta-voz das vítimas na imprensa.
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Cotta afirmou em uma entrevista dizia ver no caso uma provável ou possível tentativa de estupro. Melhem negou as acusações à época.
Consultoria em compliance
Cotta e Manoela Miklos, que é cientista política, montaram um escritório de consultoria em compliance em casos de assédio, a Bastet.
A partir de então, passaram a dar entrevistas sobre o caso Calabresa, mas de acordo com a acusação, quase sempre fazendo "propaganda" da nova empresa, inclusive em uma entrevista que foi dada para o UOL.
Ela foi então foi acusada de tentar obter algum tipo de vantagem, financeira ou publicitária, com um caso próprio, o caso Calabresa e a Ordem dos Advogados do Brasil proíbe isso.
Cotta e Miklos fecharam a Bastet após a denúncia e abriram a Veredas, cuja função é a mesma da anterior. Posts das duas que vinculavam a Bastet ao caso Calabresa foram deletados.
A defesa de Melhem fez ainda outras denúncias, entre elas o fato de Cotta ter falado em nome de Dani Calabresa e de outras 11 supostas vítimas publicamente.
A notícia é exclusiva da coluna Splash, de Ricardo Feltrin, que pediu que a equipe de Mayra Cotta se pronuncie sobre o veredito. Até o fechamento, a coluna não obteve resposta.
Outro lado
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que integra a equipe que defende as oito acusadoras desde 2021, negou que houve mercantilização da profissão.
"Ela montou a primeira empresa com uma menina que nem era advogada. Depois, ela fechou e montou outra empresa. É inacreditável imaginar qualquer tipo de tentativa de se vangloriar ou de ganhar qualquer espaço por isso."
Com informações da coluna de Ricardo Feltrin