O departamento de "compliance" da Globo arquivou a denúncia de assédio sexual e moral que a humorista Dani Calabresa fez contra o ex-diretor de humor Marcius Melhem. De acordo com a emissora, após um ano de investigações não se conseguiu confirmar a autenticidade das denúncias.
A humorista decidiu não entrar na Justiça contra Melhem, mas moveu ação proibindo-o de divulgar suas mensagens pessoais a ele, enviadas por WhatsApp. Ele a processou por danos morais, calúnia e difamação.
No "compliance" houve queixas internas na Globo de funcionários contra Melhem, mas boa parte delas era sobre sua atuação como chefe e questões comportamentais, como, por exemplo, não ter liberado pessoas para outro trabalho ou a respeito de escalação para participação (ou não) em programas da emissora.
Uma atriz da Globo, que não teve o nome revelado, teve um caso de dois anos com Melhem e fez queixa de assédio contra ele. Após investigação, o "compliance" da empresa entendeu não haver assédio sexual.
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Acusado de assediar oito mulheres
Melhem é acusado de assediar sexualmente pelo menos oito mulheres, todas colegas de trabalho do humorista. As denúncias vieram à tona a partir das revelações de Dani Calabresa, que acusa Melhem de ter tentado beijá-la à força e ter tirado o pênis para fora da calça enquanto pressionava a humorista na parede do banheiro.
A piauí diz ter ouvido 43 pessoas, em conversas presenciais, virtuais ou por meio da troca de mensagens de texto ou áudio. Entre elas, duas vítimas de assédio sexual de Marcius Melhem, sete vítimas de assédio moral e três vítimas dos dois tipos de assédio, o sexual e o moral.
Em sua defesa, Melhem afirmou que pode ter sido um “homem tóxico”, mas sustentou que jamais teve “relação que não foi consensual” com outra mulher.
Com informações da coluna de Ricardo Feltrin