A vereadora Erika Hilton (PSOL-SP) assume nesta segunda-feira (9) a liderança da bancada do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo e torna-se a primeira travesti a liderar uma bancada no parlamento paulistano.
À Fórum, Hilton, que na eleição de 2020 foi a mulher mais votada e a primeira travesti eleita à Câmara Municipal de SP, afirma que assumir a liderança do PSOL sinaliza "novos ventos que sopram para pessoas trans e travestis, que eu assuma esse posto".
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"Significa dizer que não seremos mais apenas destinatárias de políticas públicas, mas sim formuladoras delas, e além disso, seremos nós que negociaremos com os demais partidos sobre todas as pautas que atingem todas as pessoas."
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"Vamos protagonizar lutas pela educação, saúde, assistência social, lazer, cultura, proporcionando políticas interseccionais que incluam todos os grupos sociais, não só os que historicamente são representados já Câmara. Nosso objetivo é fazer políticas amplas e inclusivas, não exclusivas. Lutaremos por direitos para todes, não por privilégios para poucos", disse Hilton à Fórum.
Segundo a vereadora, os desafios da nova posição demonstram os patamares inéditos que a chegada de pessoas como ela na política vem alcançando. “Quando fui eleita, costumavam me perguntar se eu não achava que poderia queimar pontes com setores mais amplos, conservadores, trazendo as pautas que são inerentes à minha existência: negritude, LGBTs, direitos humanos. Nesse 1 ano e 5 meses de mandato, conseguimos provar exatamente o contrário. Sou uma das vereadoras mais atuantes da Câmara, com ampla produção legislativa em todas as áreas.”
Erika Hilton, que é pré-candidata à deputada federal, atualmente preside a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara Municipal de São Paulo e a CPI da Violência contra pessoas trans e travestis.