PEGA NA MENTIRA

Alê Silva diz que Bolsonaro foi exaltado em escola, é desmentida por professora e dispara: "Vagaba"

Deputada bolsonarista narrou suposta reação de alunos em apoio a Bolsonaro quando visitou uma escola e ficou ensandecida com o fato de duas docentes negarem a informação

Deputada Alê Silva xinga professora após ser desmentida.Créditos: Reprodução
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A deputada federal Alê Silva (Republicanos-MG) disparou uma série de xingamentos e palavras de baixo calão no Twitter contra professoras de uma escola estadual em Vargem Alegre (MG). A parlamentar bolsonarista visitou a unidade de ensino no início da semana e narrou que os alunos exaltaram o presidente Jair Bolsonaro (PL), informação que foi negada pelas educadoras

"Hoje estive numa escola estadual na cidade de Vargem Alegre. Jovens entre 16 e 17 anos não me conheciam. Quando souberam que sou deputada, começaram a gritar: Bolsonaro! Aqui somos Bolsonaro! Foi difícil conter a emoção. Daí eu gritei: Também sou Bolsonaro!", escreveu Alê Silva. 

A professora Cíntia Soares, que trabalha na unidade, então, rebateu: "Desculpa deputada, mas eu trabalho lá e isso não aconteceu. Projeto é muito bacana, vale a pena o investimento. Os jovens precisam mesmo de incentivo. Conte sobre seu projeto, como foi recebido pela equipe escolar e alunos, mas não fale uma coisa que não aconteceu. Por favor". 

Outra educadora também negou a informação. Urlênise Santos, diretora na Secretaria Municipal de Educação, escreveu: "Nós da Educação Municipal estamos chocados com esse pronunciamento. Em momento algum aconteceu.  A digníssima deputada está nos colocando em uma situação embaraçosa nas redes sociais, quem vê acha que usamos a escola para fazermos política partidária". 

Alê Silva, por sua vez, questionou uma das professoras se ela "estava lá", dando a entender que a educadora não teria visto o momento da suposta exaltação dos alunos a Bolsonaro. Urlênise, então, respondeu dizendo que sim e ainda postou uma foto tirada na escola com a deputada

Após os desmentidos, Alê Silva bloqueou uma das professoras e depois abriu seu perfil novamente. Passou, no entanto, a postar uma série de impropérios, sem citar diretamente as educadoras. "Vagaba, pilantra, cuspindo no seu prato que o Presidente colocou mais comida. Pensa se gente da sua laia merece alguma credibilidade. Credibilidade zero para quem apoia ladrão", escreveu. 

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